sábado, 24 de julho de 2010

TARIFA AÉREA DE ABRIL É A MAIS BAIXA EM 8 ANOS

“As passagens aéreas no Brasil tiveram, em abril, o menor valor médio mensal desde 2002, ano de início dos cálculos realizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A tarifa média pago em voos nacionais foi de R$ 256,13 em abril deste ano.

De acordo com a agência, os preços mais acessíveis são consequência, principalmente, do acirramento da competição do setor e da oferta de crédito maior, possibilitando o parcelamento dos bilhetes.

A queda no valor em abril foi de 23,9% comparado ao mesmo mês em 2009 e de 7,5% com relação a março de 2010. O preço médio por quilômetro voado foi de R$ 0,39, uma queda de 24,6% em relação a abril de 2009 e de 7,4% comparado com março deste ano.

Com o crescimento da concorrência, as maiores companhias perderam mercado nos últimos anos. Em meados de 2005, TAM, Varig e Gol correspondiam a 92,68% do mercado. Em junho, Gol, que incorporou a Varig, mais TAM respondem por 82,89% da demanda doméstica.

O parcelamento de passagens também foi um fator determinante para incluir a classe C na rota aérea. Atualmente, pode-se dividir uma passagem em até 48 vezes, mas com juros.

O valor médio da tarifa de abril deste ano, além de ser o menor desde o início da medição da Anac, mostra a tendência de queda no custo das tarifas ao longo dos anos, segundo avaliação da agência. Em 2002, a média anual foi de R$ 446, 86. Já em 2009 a média foi de R$ 329,05. A diminuição no preço dos bilhetes ocorreu em um mês que a demanda por voos domésticos cresceu 23,5%.

O valor médio varia mensalmente sem seguir uma lógica determinada. Mesmo em meses de férias, quando o movimento é maior, o preço não registra uma tendência constante de aumento. Nos anos de 2002 a 2007 e 2009, o preço de junho e julho não foi o maior. Somente em 2008 o mês de julho foi o mais caro do ano.

No mês de junho, o fluxo de passageiros nas companhias aéreas brasileiras cresceu 16,81%, em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa média de ocupação dos aviões em viagens domésticas ficou em 64,53%, o que representa uma queda em relação à taxa de 65,44% exibida em junho do ano passado.”

FONTE: publicado no jornal “Valor Econômico”.

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