quinta-feira, 19 de agosto de 2010

LULA E A REFORMA TRIBUTÁRIA

A REFORMA TRIBUTÁRIA É META A SER PERSEGUIDA PELO PRÓXIMO GOVERNO

“Ao avaliar os oito anos de mandato para uma plateia composta de contabilistas num hotel de luxo em Brasília, o presidente Lula lamentou não ter conseguido fazer a reforma tributária em seu governo. Segundo ele, em dois momentos o governo encaminhou proposta que permitisse as mudanças na legislação brasileira, mas “forças ocultas” impediram que se transformasse em lei [os tucanos e o Estado de São Paulo foram os que mais impediram a reforma tributária]. Por tal motivo, esse deve ser um desafio para o seu sucessor.

Eu acreditava que as pessoas queriam a reforma tributária. Tomamos posse em 2003 e, em abril daquele ano, fui ao Congresso Nacional com 27 governadores e [os congressistas] votaram uma parte. O ministro Guido Mantega, o secretário Nelson Machado e o pessoal da Fazenda passaram meses preparando uma reforma tributária que eu achava que era consensual. Achava que seria aprovada por unanimidade. Conclusão, vou terminar meu mandado e ela não foi aprovada. Quer dizer, deve ter um inimigo oculto [lá no Congresso], como diria o Jânio Quadros…

Em seguida, o presidente alertou para o fato de haver uma guerra tributária envolvendo Estados e, na avaliação dele, isso não é justo. Neste momento, o presidente explicou que o que deve ser pensado daqui para frente não é se a carga tributária é baixa ou é alta, mas que seja “justa” e que permita recursos suficientes para a máquina do Estado funcionar.

Ainda na exposição, o presidente voltou a explicar que planejou criar um ministério para cuidar das micro e pequenas empresas, mas como se encontrava com poucos meses de mandato resolveu deixar a decisão para o seu sucessor na Presidência da República. Ainda no discurso, Lula contou um pouco daquilo que conseguiu fazer nos seus dois mandatos. Segundo enfatizou, quando deixar o comando do Brasil o fará com “a consciência tranquila do dever cumprido”.

Lula contou sobre como escolheu o empresário José Alencar Gomes da Silva para seu parceiro na disputa às eleições em 2002. Fez elogios a José Alencar pela combinação do empresário de sucesso e do sindicalista “fazedor e greves”. O presidente disse que conheceu Alencar na festa pelos 50 anos dele como empresário, realizada em Belo Horizonte, ocasião em que compareceram “pessoas ilustres” e foi talvez a história de vitórias conquistadas ao longo de décadas que levou Lula a ter a certeza que encontrava o vice certo.

Ainda no discurso, Lula contou as ações do governo para superar a crise financeira mundial no último trimestre de 2008 e disse que ele e José Alencar conseguiram transformar o Brasil num país capitalista. Ou seja, quando assumiram o poder em 2003, o volume de crédito disponível era de somente R$ 370 bilhões e vai terminar o mandato com R$ 1,6 trilhão à disposição do mercado.

Em tom de brincadeira, Lula terminou o discurso afirmando que a partir de janeiro do próximo ano, quando deixar a Presidência da República, terá mais liberdade para fazer aquilo que não pode no comando do país, pois seria fotografado, como por exemplo, tomar uma dose da cachaça Maria da Cruz, produzida na fazenda de José Alencar, em Minas Gerais.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/a-reforma-tributaria-e-meta-a-ser-perseguida-pelo-proximo-governo/#more-16122)[entre colchetes colocados por este blog].

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