“Dando sequência a um processo iniciado em 2003, com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ritmo de crescimento da massa salarial ganhou força nos últimos meses, com a alta expressiva tanto do nível de emprego quanto da renda dos trabalhadores. Na média do segundo trimestre, a massa aumentou 6,7% na comparação com os mesmos meses do ano anterior, já descontada a inflação. É uma taxa bem superior aos níveis registrados no começo do ano, como a alta de 2,1% de janeiro.
A elevação do poder de compra da população decorre do crescimento simultâneo de emprego e renda. Em junho, a contribuição da ocupação e da renda foi quase idêntica para o crescimento da massa salarial: a primeira avançou 3,5% sobre o mesmo mês de 2009, uma taxa expressiva, mas inferior aos 4,3% de abril e maio. No caso da renda real, houve aceleração, com alta de 2,5% em maio e 3,4% em junho, na mesma base de comparação.
Os dados confirmam a trajetória crescente dos salários na renda nacional desde a posse de Lula. O governo reverteu a tendência de perda da participação dos salários na renda nacional, conforme lembrou o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE). Em parte, o processo se deveu à política de aumento do salário mínimo e de rendas e à formalização da mão de obra. A partir de 2004, houve uma trajetória de recuperação da participação dos salários na renda nacional. Essa recuperação ocorreu de forma contínua e não foi interrompida nem mesmo com a crise de setembro de 2008, o que evidência a melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
No governo FHC/Serra, a participação dos salários na renda nacional caiu continuamente. Em 1995, quando FHC assumiu, a participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB) era de 35,2%, e começou a cair até chegar a 31,4% em 2002. Com Lula, foram implementadas políticas publicas para reforçar o salários dos trabalhadores e , neste ano já se projeta o patamar de 35%, observa Ferro.
O processo também foi reforçado pelas negociações salariais, que conseguiram os melhores reajustes nos últimos dez anos, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Cerca de 93% das categorias obtiveram no mínimo a recomposição da inflação, enquanto 72% das negociações coletivas (envolvendo 245 categorias) resultaram em reajustes salariais acima da inflação apurada. "Há, desde 2003, um processo crescente nos níveis de ocupação, rendimento médio e massas de rendimento dos ocupados nas regiões metropolitanas", afirmou Ferro.
PERSPECTIVAS
Para a segunda metade deste ano, as perspectivas continuam positivas, embora pareça provável alguma desaceleração da velocidade de alta da massa salarial, especialmente em decorrência de uma perda de fôlego da ocupação. Ainda assim, a massa continuará a ser uma das principais fontes de sustentação da demanda. As estimativas mais conservadoras apontam para uma expansão em 2010 entre 5% e 7% - mais que os 4% de 2009, mas inferiores aos 7,5% de 2008, sempre acima da inflação.
O mercado de trabalho teve um primeiro semestre extremamente aquecido. As empresas aceleraram o ritmo de contratações, dada a expectativa de que o País continuará a crescer a taxas razoáveis nos próximos trimestres. Nas seis principais regiões metropolitanas, a ocupação cresceu com mais força a partir de fevereiro, quando aumentou 3,5% em relação ao mesmo mês de 2009, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE). Em abril e maio, a alta foi de 4,3% nessa base de comparação.
Foi um período de forte crescimento do emprego com carteira assinada, com a indústria recompondo o estoque de mão de obra dispensado no pior momento da crise. Retrato do que se passa no mercado formal, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra uma alta forte das contratações também na construção civil e nos serviços.”
FONTE: http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/nacional-2/lider-do-pt-na-camara-destaca-crescimento-de-67-da-massa-salarial-14091.html.
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