segunda-feira, 9 de agosto de 2010
NUCLEP COMPLETA 30 ANOS COM PREVISÃO DE LUCRO RECORDE EM 2010
“Com previsão de ter o maior lucro da sua história e da retomada da construção da Usina Nuclear Angra 3, a Nuclebras Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep) comemorou (06/08) os 30 anos de operação da fábrica em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A Nuclep é uma empresa estatal, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e está num processo de recuperação de projetos.
De acordo com o presidente da Nuclep, Jaime Cardoso, a empresa vive o melhor momento e terá este ano o maior lucro de sua história, de aproximadamente R$ 500 milhões, graças à retomada de projetos nacionais após o período de estagnação que o setor enfrentou nos últimos anos.
Segundo ele, o programa nuclear brasileiro foi desativado na década de 80, por pressões internacionais e devido “à falta de um projeto de nação”. “Agora a Nuclep está sendo contratada pela Eletronuclear para fazer equipamentos importantes para a Usina Nuclear Angra 3, além de outras encomendas. Nós estamos com encomendas de cascos de submarinos, de equipamentos nucleares, encomendas da Petrobras”, destacou Cardoso.
Ele acrescentou que o único projeto de exportação atualmente na Nuclep é de equipamentos para uma empresa argentina. Ele destacou que a fábrica está preparada para receber grandes encomendas.
“Temos grandes equipamentos, os investimentos principais já estão feitos, nós estamos agora modernizando os equipamentos”, disse. “O Brasil tem conquistado no cenário internacional uma posição de soberania e de respeito que tem permitido ao país retomar o seu programa nuclear com a seriedade e o respeito das demais nações. As empresas estão reunidas nesse esforço e estamos esperando, além da construção de Angra 3, mais usinas para atender o futuro da demanda energética do Brasil”, acrescentou o presidente da Nuclep.
Criada em 16 de dezembro de 1975, a fábrica tem como objetivo projetar, desenvolver, produzir e comercializar componentes pesados para usinas nucleares e para os setores de construção naval e exploração de petróleo e gás em águas profundas.
FONTE: publicado pela Agência Brasil (edição: Juliana Andrade).
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