quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VENEZUELA E COLÔMBIA RETOMAM RELAÇÕES BILATERAIS


Juan Manuel Santos (esq.), presidente da Colômbia, e Hugo Chávez, presidente venezuelano

“Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, concordaram terça-feira (10) em retomar as relações diplomáticas rompidas no último mês.

O acordo assinado ontem prevê o “estrito cumprimento do direito internacional” e defende “não ingerência em assuntos internos” e “respeito à soberania e integridade territorial”.

A retomada das relações foi anunciada em coletiva de imprensa após mais de três horas de reunião entre os dois presidentes.

Apesar de Santos ter mantido silêncio a respeito do tema antes da posse, sua equipe já havia sinalizado que o novo presidente buscaria retomar as relações. O governo da Venezuela também deu sinais de distensão nos últimos dias, ao enviar seu chanceler para a posse de Santos.

Tensão na América do Sul


A cidade escolhida para a reunião de hoje, Santa Marta, também tem valor simbólico: foi onde morreu Simon Bolívar, figura histórica considerada um herói tanto por Venezuela quanto por Colômbia.

HISTÓRICO

Chávez rompeu relações diplomáticas com Colômbia no último dia 22 de julho, logo após o governo chefiado por Álvaro Uribe acusar a Venezuela de ser tolerante com guerrilheiros colombianos.

A acusação, feita em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, apresentava fotos e mapas como provas de que existem acampamentos da guerrilha em território da Venezuela, e pedia o envio de uma missão internacional para verificar sua presença.

Chávez negou as acusações e acusou a Colômbia de planejar um ataque militar contra Veenzuela, alimentando um embate que se manteve até o final do mandato de Uribe, no último sábado, quando Santos assumiu o poder.

As relações bilaterais já estavam em suspenso desde o ano passado devido às divergências da Venezuela por causa de um acordo militar que a Colômbia assinou com os Estados Unidos, e por causa da escalada no enfrentamento que Chávez e Uribe mantiveram nos últimos anos.

Esse esfriamento provocou a perda de dezenas de milhares de empregos na região da fronteira, assim como uma grande queda das exportações colombianas para a Venezuela.”

FONTE: publicado no portal UOL.

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