terça-feira, 9 de novembro de 2010

ÁSIA & DILMA

“Dilma Rousseff deu entrevista à CNN, que destacou a declaração "Não acreditamos em guerra como método para resolver os conflitos", Irã inclusive.

No final da semana, sua eleição foi saudada no Qatar, em editorial do "Peninsula" -dizendo que, com o Brasil "ator global", ela terá que "provar destreza no mundo traiçoeiro da política externa", mas "não será difícil, afinal, tem a bênção e a orientação de Lula".

Na Índia, editorial no "Hindu" e coluna no "Times" sublinharam que Dilma vai apostar nos grupos BRIC e IBSA, que os dois países formaram juntos.

No Japão, longo editorial do "Asahi Shimbun" avisou que o Brasil "é pró-Japão", mas anda distante. Cobrou que Tóquio "fortaleça os laços" para ter "maior influência na comunidade mundial", BRICs inclusive.

Da "Nation" porta-voz "progressista" histórico nos EUA, a revista "The Nation" deu longa análise de Kenneth Rapoza sobre a vitória de Dilma, enfatizando a origem marxista e sua conversão ao "pragmatismo" de Lula, que levou a "um novo país" e ajudou a encerrar o Consenso de Washington.

Do grupo Eurásia, em artigo no "International Herald Tribune", Ian Bremmer e Chris Garman, da consultoria de estratégia Eurasia, questionam os temores do "mercado" sobre Dilma, elogiam seu "pragmatismo" e o papel que ela e Luciano Coutinho tiveram para diluir o impacto da crise externa no país.

COUTINHO LÁ

Dado como nome para a Fazenda, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, começa a ser perfilado na cobertura financeira.

A Bloomberg, em longo texto, ironiza que ele agora "poderá ter que ajudar Dilma a conter gastos". Detalha seu currículo acadêmico e entrevista até o orientador na Universidade Cornell, que compara suas ideias às de Paul Krugman; aborda sua passagem pelo mercado. e encerra com a descrição de Albert Fishlow, de que Coutinho é "menos doutrinário".

A revista "Euromoney" foca seu papel no BNDES, tornado "grande demais". Já a revista americana "Latin Trade", que elegeu Coutinho "o banqueiro do ano", conseguiu entrevista. E ele próprio afirma ser um híbrido de "teoria e prática".”

FONTE: publicado na coluna “Toda Mídia”, de Nelson de Sá, na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0811201013.htm)

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