segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SERRA TOMOU DO VENENO QUE PRODUZIU: AS PESQUISAS

Ali Kamel e Serra, nas bodas (no religioso !)


Uma das provas inequívocas da minoridade do PiG (**) é a super-valorização das pesquisas eleitorais.

É porque elas são uma arma de destruição em massa.

As pesquisas se casaram à TV Globo e, com isso, se tornaram um instrumento de persuasão, confusão e desestímulo.

Ninguém opera melhor esse matrimônio – no religioso, é claro – do que o José Serra.

Com o Datafalha e o Globope, unidos pelo Cordeiro de Deus, ao jornal nacional, José Serra defenestrou a candidatura de Aécio Neves e a pretensão a uma prévia do PSDB.

O Datafalha e o Globope, batizados no Rio Jordão por São João Batista, impulsionaram a candidatura do Serra logo após uma convenção furreca.

E o ajudaram a reforçar as combalidas finanças, invariavelmente deficitárias.

O Estadão de domingo, na página H17, mostrou que há uma relação direta entre pesquisa e grana.

É o que mostra o chefe de finanças visível (*) da campanha de Serra, o alto executivo do Banco Itaú, Sérgio Freitas: caiu nas pesquisas, os financiadores se assustam.

Ninguém gosta de apostar em pangaré.

Sem o Datafolha e o Globope, abençoados na mesma audiência Papal em que se beatificou o Ali Kamel, Serra teria descido aos Infernos muito antes.

Pois, agora, ele toma do veneno que produziu.

O jornal nacional de ontem e as manchetes da Folha (***) e do Estadão de hoje dão a vitória de Dilma como inapelável.

Em letras garrafais.

Como se uma nova Bomba de Hiroshima tivesse caído na quinta dos Mesquita, em Vinhedo, ou no aviário do “seu” Frias.

Um horror !

A leitura do New York Times de ontem seria instrutiva para esses “analistas de pesquisas” ou “pesquiseiros”, que infestam o PiG (**).

Faltavam três dias para a eleição para renovar a Câmara e o Senado dos Estados Unidos.

Existe a possibilidade de a coalizão que elegeu Obama perder a eleição.

Isso, enquanto se desenrola uma crise econômica sem precedentes.

O último resultado do PIB – 2% – foi considerado “tépido”.

O New York Times dedica oito páginas à eleição.

A ênfase é a possível derrota do líder do Obama no Senado, Harry Rid, no Estado de Nevada.

Questão gravíssima: um presidente perder o líder que o ajudou a Governar e a lançar estímulos econômicos que evitassem o pior.

Há reportagem sobre a eleições apertadas na Florida, no Texas, na Carolina do Sul, em Illinois etc e tal.

Não há uma única “reportagem” sobre pesquisas.

Nem há um único colonista (****) a se intrometer no meio das informações com palpites e subjetivismo.

Aqui, na Grande Província da Elite Branca (e separatista) de São Paulo, só se fala de pesquisa.

E eleitor do Serra que desceu para a praia, viu o jornal nacional de ontem e leu o PiG (**) de hoje de manhã há de se perguntar: subir a serra para que ?

Apostar num pangaré ?

Trata-se de um absurdo.

As pesquisas no Brasil, sim, induzem, manipulam, persuadem e confundem o eleitor.

Se antes beneficiavam o Serra, hoje, na eleição do segundo turno, o prejudicam de forma inaceitável.

Quem manda fabricar veneno de madrugada ?

E o PiG (**) brasileiro se acha.

Pensa que é sério.

Paulo Henrique Amorim

(*) Sim, “visivel”, porque nunca se sabe o que os empreiteiros do Paulo Preto fizeram. Ou por anda o Ricardo Sergio de Oliveira.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

FONTE: portal “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/31/serra-toma-do-veneno-que-produziu-as-pesquisas/

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