[OBS deste blog democracia&politica: A INFRAERO, desde os anos 90, sofre arrocho fiscal, legislação inibidora, embargos da Justiça contra suas licitações, impedimento ou paralisação de obras pelo TCU, campanhas negativas da 'grande' mídia, tudo isso, muitas vezes, em estranha sintonia com o evidente interesse, da oposição e de grandes grupos (geralmente estatais estrangeiros), de privatização da parte 'filet mignon' desse setor no Brasil. Contribuem para que haja ou se tenha a impressão de “caos aéreo”, bem como para que o Brasil fracasse na preparação da infraestrutura para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Esse é o cenário das novas medidas governamentais].
“Em reunião da Presidenta Dilma com governadores e prefeitos de cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014, o governo federal anunciou a decisão de conceder os aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), para empresas privadas, mantendo 49% da participação para o Infraero.
O modelo de concessão será por meio de “sociedades de propósito específico” (SPE), empresa privada que ficará responsável por novas construções e pela gestão desses aeroportos. Como acionista relevante das SPEs, a Infraero participará das decisões da companhia.
Dilma concedeu os três aeroportos por pragmatismo e para não brigar com a realidade.
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bitencourt, explicou que as medidas visam a atender a demanda, inclusive para a Copa do Mundo de 2014.
O ideal seria que a Infraero desse conta de suprir todas as necessidades de expansão de um movimento aéreo que cresce vertiginosamente ano a ano, mas a empresa sofre com alguns problemas estruturais, além de legais, como embargos de licitações na justiça, paralisações pelo TCU, perdendo a agilidade, coisa que uma empresa privada fica livre dessas amarras.
Se a Infraero corre o risco de não cumprir o cronograma, principalmente nos aeroportos mais críticos, a Copa do Mundo também correria o risco de não ser a vitrine do Brasil positiva para o mundo, incrementando a indústria do turismo por vários anos seguintes, com geração de empregos e riqueza.
Segundo a Presidenta Dilma, o objetivo da concessão é, também, trazer ao Brasil grandes operadores aeroportuários internacionais [geralmente estatais estrangeiras], mantendo a Infraero em sociedade, para ter acesso ao conhecimento das melhores práticas e informações sobre o setor aeroportuário. A Presidenta acredita que isso fortalecerá a empresa, para abrir o capital (e ter governança nos melhores padrões, como da Petrobras, por exemplo).
As concessionárias terão obrigação de ampliar a capacidade dos aeroportos e, também, de melhorar a qualidade dos serviços.
Os editais de concessão serão elaborados por empresas especializadas, devendo estar prontos até dezembro de 2011.
A Infraero continuará a implementar os investimentos previstos no seu planejamento estratégico.”
FONTE: postado por Zé Augusto no blog “Os amigos do Brasil” (http://osamigosdobrasil.com.br/2011/06/01/por-que-dilma-concedeu-os-tres-aeroportos/) [imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog].
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