sexta-feira, 10 de junho de 2011

POR UM PAÍS DESENVOLVIDO E JUSTO


Por Moreira Franco

Formular uma nova geração de políticas públicas é crucial para garantir a estabilidade das classes emergentes e erradicar a pobreza no Brasil

“A nossa missão institucional de olhar para o futuro e construir soluções de médio e longo prazo pode dificultar, às vezes, a correta compreensão do que estamos fazendo na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). A ação da SAE, um trabalho coletivo movido pelo interesse público, visa definir políticas que estejam ao alcance dos três níveis de governo e que nos permitam construir país desenvolvido e justo.

Nesse trabalho, as críticas são, certamente, muito bem-vindas. Até mesmo as que tragam o travo da incompreensão. Nos últimos anos, mais de 40 milhões de pessoas deixaram a pobreza e passaram a fazer parte da nova classe média.

A velocidade com que tudo se deu é impressionante. O Brasil tornou-se o país que mais reduziu a desigualdade em todo o mundo. Diminuímos a taxa de mortalidade e somos também o líder mundial no esforço de inclusão social.

Para se ter uma dimensão dessas conquistas, basta lembrar que o governo bateu a meta de cortar a extrema pobreza pela metade em 2006, quase uma década antes do estipulado. Se houve inovação nos oito anos do presidente Lula, agora o momento exige mais.

Precisamos construir novos valores e agregar novas ferramentas para manter e ampliar as conquistas sociais. A cada vitória, um novo obstáculo se impõe.

A formulação de uma nova geração de políticas públicas é fundamental para assegurar a estabilidade das classes emergentes e erradicar a pobreza. Com essa preocupação é que a SAE, órgão da Presidência e um dos polos de criação de políticas públicas do governo federal, busca construir no presente as soluções para o futuro do país.

O resultado tem sido estimulador. Na área social, por exemplo, a SAE está engajada na concepção de um mosaico de medidas inovadoras que possibilite a eliminação da pobreza e a redução das desigualdades de forma permanente.

A partir das inegáveis conquistas obtidas nos últimos anos, estamos colaborando intensamente no desenho de uma segunda geração de políticas públicas, que tem como desafio o incremento acentuado da proatividade dos instrumentos de proteção social e a garantia da conectividade entre os programas dedicados à família brasileira, esteja ela vivendo na extrema pobreza ou na nova classe média.

No caso da primeira infância e da juventude, tais políticas, além de compor conjunto contínuo e integrado de ações, devem observar as diferentes vocações e preferências pessoais, diversificando as medidas protetivas de forma a garantir desenvolvimento pleno e sadio.

Criativa na formulação social, a secretaria tem colaborado na área da defesa, com participação marcante em diversas iniciativas, como a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa.

No momento, além de atuar na preparação do "Livro Branco de Defesa Nacional", voltamos nossa atenção à construção de política de desenvolvimento para a indústria de defesa, que constitui, por certo, questão crucial para o avanço tecnológico e econômico do país.

Esses são alguns dos projetos sobre os quais estamos trabalhando e para os quais, de forma cada vez mais intensa, mobilizamos a contribuição dos melhores especialistas, estejam onde estiverem”.

FONTE: escrito por Wellington Moreira Franco, sociólogo, ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Foi deputado federal pelo PMDB-RJ, governador do Estado do Rio de Janeiro e prefeito de Niterói. Publicado na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0906201107.htm)
[imagem do Google adicionada por este blog].

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