vídeo também em: http://vimeo.com/98136128
[OBS deste blog 'democracia&política':
Em muitos países, o feito tecnológico do cientista brasileiro Nicolelis foi o destaque. Por exemplo, o programa francês "64' " da "TV 5", no dia da abertura da Copa e antes dela, já chamava a atenção para o grande avanço da medicina a ser demonstrado com o experimento, que seria o auge da festa no Itaquerão. A rede norte-americana CNN dedicou ao assunto 2 minutos e 55 segundos (vídeo acima).
Frustração. No Brasil, as televisões brasileiras e as imagens liberadas pela FIFA para o mundo dedicaram ao assunto poucos segundos. A vista aérea da chegada do ônibus da seleção foi julgada mais importante...]
Transmissão da Fifa mostrou experimento por poucos (7) segundos.
Cientista reclama de tempo curto para mostrar exoesqueleto em abertura
Paraplégico chutou bola com ajuda de robô comandado pelo cérebro.
Do portal G1 da "Globo"
"O neurocientista Miguel Nicolelis reclamou do pouco tempo reservado ao “chute simbólico” com o exoesqueleto na transmissão da abertura da Copa do Mundo, na quinta-feira (12). O chute em uma bola de futebol foi dado por um paraplégico que usava o equipamento, um robô comandado pelo cérebro.
Na transmissão oficial, exibida por emissoras em todo o mundo, a cena durou sete segundos. Integrantes do projeto “Andar de Novo” apareceram com o voluntário paraplégico, que estava em pé e já vestia o exoesqueleto. Ele deu um passo com a perna direita e movimentou a bola, recolhida por um menino caracterizado de árbitro de futebol. O momento vinha sendo preparado há anos por Nicolelis e sua equipe.
“A Fifa nos informou que nós teríamos 29 segundos para realizar um experimento dificílimo. Nunca ninguém fez uma demonstração em 29 segundos de robótica. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Foi um esforço dramático de todas essas pessoas que estão aqui. E nós realizamos em 16”, disse Nicolelis. “Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, completou.
PS do "Viomundo": Sete segundos. Bem menos que um comercial da Budweiser, empresa pela qual a FIFA lutou: mudou a lei para poder vender cerveja nos estádios. Isso dá a vocês a dimensão exata das prioridades da entidade…
PS2 do "Viomundo": Da colunista Keila Jimenez, na "Folha":
FONTE: do portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/fifa-da-ao-exoesqueleto-menos-tempo-que-um-comercial-da-budweiser.html).
COMPLEMENTAÇÃO:
Do jornal GGN on line:
Fifa não estava preparada para o experimento histórico, disse Nicolelis
Por Patricia Faermann, do "Jornal GGN"
"A transmissão ao vivo do chute simbólico de abertura da Copa do Mundo, feito por um paraplégico usando o exoesqueleto, durou alguns segundos e foi criticada. A FIFA, responsável pela transmissão das imagens a 86 detentores de direitos de mídia de todo o planeta, atingindo a audiência de metade da população mundial, deu um destaque de segundos a um experimento científico que seria “histórico”, como descreveu Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro responsável pelo projeto.
O estudo foi iniciado há 13 anos, para ter seu resultado comprovado ao vivo no campeonato. Na transmissão oficial da TV FIFA, durou pouco mais de um segundo para Juliano, o voluntário de 29 anos, aparecer chutando a bola. E três segundos, se considerar até o momento em que os poucos atentos, que não se deixaram distrair, puderam reparar em alguns rápidos detalhes até o ator, interpretando o juiz, dominar completamente a imagem.
“A Fifa nos informou que nós teríamos 29 segundos para realizar um experimento dificílimo. Nunca ninguém fez uma demonstração em 29 segundos de robótica. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Foi um esforço dramático de todas essas pessoas que estão aqui. E nós realizamos em 16. Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, desabafou o cientista brasileiro, na saída do estádio.
O exoesqueleto representa na Ciência um avanço sem escalas: pode modificar a vida de portadores de paralisia nos ossos a exercer movimentos. E, com o pensamento, apenas emitindo impulsos cerebrais, Juliano chutou uma bola.
Nicolelis teve o apoio do centro de neuroengenharia da Universidade Duke, da UFRN, em Natal, e instituições de São Paulo, Berlim, Munique e Lausane, na Suíça, com um aval de R$ 33 milhões da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia).
Enquanto vestia a "pele artificial" (como o cientista descreve a roupa que capta os circuitos cerebrais), Juliano manifestou como se sentia. “Estou impressionado, só tenho a agradecer”, disse. “Obrigado por acreditar na gente”, falou uma das pessoas que estava ao seu lado. “Falar que Deus abençoe cada vez mais todo mundo que está aqui e colaborou porque o negócio é show de bola”, expressou o paraplégico, emocionado.
Assim que a cena ocorreu na apresentação de abertura, Nicolelis publicou em seu Twitter: "We did it!!!!". Apesar do pouco tempo fornecido, o neurocientista brasileiro reconheceu a importância do feito. “Paciente com lesão medular completa dá o pontapé inaugural da Copa com exo controlado pelo cérebro!”, completou.
"Foi um grande trabalho de equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram intensamente para este dia. Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa ciência", disse Miguel Nicolelis em comunicado.
Repercussão internacional
A imprensa internacional também propagou que a expectativa quanto à apresentação do exoesqueleto não foi atingida. http://tn.com.ar/deportes/esencial/el-hincha-paraplejico-que-uso-un-exoesqueleto-para-darle-inicio-al-mundial_505443
A TV argentina TN, por exemplo, divulgou o vídeo, informando que a transmissão oficial não foi capaz de mostrar todo o evento, e que só se pode ver a cena por alguns segundos. Na descrição do programa na televisão, a emissora argentina colocou: “O que não se viu da inauguração”.
A participação não pôde ocorrer dentro do espaço das linhas do campo porque poderia danificar o gramado, já que pesa aproximadamente 70 kg. Além de “ler” o pensamento, o robô transmite a informação da atividade cerebral via 'wireless' e, ainda, permite que o paraplégico sinta o movimento dos pés, assim que percebe que eles tocam o solo.
Os estudos científicos do "BRA-Santos Dumont", como foi denominado o equipamento, ainda serão publicados."
Paraplégico chutou bola com ajuda de robô comandado pelo cérebro.
Do portal G1 da "Globo"
"O neurocientista Miguel Nicolelis reclamou do pouco tempo reservado ao “chute simbólico” com o exoesqueleto na transmissão da abertura da Copa do Mundo, na quinta-feira (12). O chute em uma bola de futebol foi dado por um paraplégico que usava o equipamento, um robô comandado pelo cérebro.
Na transmissão oficial, exibida por emissoras em todo o mundo, a cena durou sete segundos. Integrantes do projeto “Andar de Novo” apareceram com o voluntário paraplégico, que estava em pé e já vestia o exoesqueleto. Ele deu um passo com a perna direita e movimentou a bola, recolhida por um menino caracterizado de árbitro de futebol. O momento vinha sendo preparado há anos por Nicolelis e sua equipe.
“A Fifa nos informou que nós teríamos 29 segundos para realizar um experimento dificílimo. Nunca ninguém fez uma demonstração em 29 segundos de robótica. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Foi um esforço dramático de todas essas pessoas que estão aqui. E nós realizamos em 16”, disse Nicolelis. “Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, completou.
PS do "Viomundo": Sete segundos. Bem menos que um comercial da Budweiser, empresa pela qual a FIFA lutou: mudou a lei para poder vender cerveja nos estádios. Isso dá a vocês a dimensão exata das prioridades da entidade…
PS2 do "Viomundo": Da colunista Keila Jimenez, na "Folha":
FONTE: do portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/fifa-da-ao-exoesqueleto-menos-tempo-que-um-comercial-da-budweiser.html).
COMPLEMENTAÇÃO:
Do jornal GGN on line:
Fifa não estava preparada para o experimento histórico, disse Nicolelis
Por Patricia Faermann, do "Jornal GGN"
"A transmissão ao vivo do chute simbólico de abertura da Copa do Mundo, feito por um paraplégico usando o exoesqueleto, durou alguns segundos e foi criticada. A FIFA, responsável pela transmissão das imagens a 86 detentores de direitos de mídia de todo o planeta, atingindo a audiência de metade da população mundial, deu um destaque de segundos a um experimento científico que seria “histórico”, como descreveu Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro responsável pelo projeto.
O estudo foi iniciado há 13 anos, para ter seu resultado comprovado ao vivo no campeonato. Na transmissão oficial da TV FIFA, durou pouco mais de um segundo para Juliano, o voluntário de 29 anos, aparecer chutando a bola. E três segundos, se considerar até o momento em que os poucos atentos, que não se deixaram distrair, puderam reparar em alguns rápidos detalhes até o ator, interpretando o juiz, dominar completamente a imagem.
“A Fifa nos informou que nós teríamos 29 segundos para realizar um experimento dificílimo. Nunca ninguém fez uma demonstração em 29 segundos de robótica. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. Foi um esforço dramático de todas essas pessoas que estão aqui. E nós realizamos em 16. Pelo visto, a Fifa não estava preparada para filmar um experimento que vai ser histórico”, desabafou o cientista brasileiro, na saída do estádio.
O exoesqueleto representa na Ciência um avanço sem escalas: pode modificar a vida de portadores de paralisia nos ossos a exercer movimentos. E, com o pensamento, apenas emitindo impulsos cerebrais, Juliano chutou uma bola.
Nicolelis teve o apoio do centro de neuroengenharia da Universidade Duke, da UFRN, em Natal, e instituições de São Paulo, Berlim, Munique e Lausane, na Suíça, com um aval de R$ 33 milhões da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia).
Enquanto vestia a "pele artificial" (como o cientista descreve a roupa que capta os circuitos cerebrais), Juliano manifestou como se sentia. “Estou impressionado, só tenho a agradecer”, disse. “Obrigado por acreditar na gente”, falou uma das pessoas que estava ao seu lado. “Falar que Deus abençoe cada vez mais todo mundo que está aqui e colaborou porque o negócio é show de bola”, expressou o paraplégico, emocionado.
Assim que a cena ocorreu na apresentação de abertura, Nicolelis publicou em seu Twitter: "We did it!!!!". Apesar do pouco tempo fornecido, o neurocientista brasileiro reconheceu a importância do feito. “Paciente com lesão medular completa dá o pontapé inaugural da Copa com exo controlado pelo cérebro!”, completou.
"Foi um grande trabalho de equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram intensamente para este dia. Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa ciência", disse Miguel Nicolelis em comunicado.
Repercussão internacional
A imprensa internacional também propagou que a expectativa quanto à apresentação do exoesqueleto não foi atingida. http://tn.com.ar/deportes/esencial/el-hincha-paraplejico-que-uso-un-exoesqueleto-para-darle-inicio-al-mundial_505443
A TV argentina TN, por exemplo, divulgou o vídeo, informando que a transmissão oficial não foi capaz de mostrar todo o evento, e que só se pode ver a cena por alguns segundos. Na descrição do programa na televisão, a emissora argentina colocou: “O que não se viu da inauguração”.
A participação não pôde ocorrer dentro do espaço das linhas do campo porque poderia danificar o gramado, já que pesa aproximadamente 70 kg. Além de “ler” o pensamento, o robô transmite a informação da atividade cerebral via 'wireless' e, ainda, permite que o paraplégico sinta o movimento dos pés, assim que percebe que eles tocam o solo.
Os estudos científicos do "BRA-Santos Dumont", como foi denominado o equipamento, ainda serão publicados."
FONTE da complementação: reportagem de Patricia Faermann, do site "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/fifa-nao-estava-preparada-para-o-experimento-historico-disse-nicolelis).
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