TCU extrapolou competência proibindo PF de cuidar das provas do Enem, dizem petistas
"Parlamentares bancada do PT na Câmara questionaram na semana passada a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que proibiu a Polícia Federal de colaborar com a segurança de provas de concurso público e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A polêmica veio à tona com o vazamento da prova do Enem que seria realizado neste fim de semana.
Questionada sobre as razões de não ter atuado na segurança das provas, a PF informou que, entre outros motivos, a instituição está impedida legalmente por causa da decisão do tribunal.
A notícia causou bastante estranheza no âmbito do legislativo, já que não compete ao TCU determinar o campo de atuação da PF. Por esta razão, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que juntamente com o líder da bancada do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), apresentou nesta quinta-feira requerimento na Câmara para pedir explicação ao órgão sobre gastos internos do próprio TCU, já avisou que o assunto também será abordado. "A PF está subordinada ao Ministério da Justiça e não ao TCU. É uso indevido de autoridade e de competência. O TCU não poderia ter feito este tipo de recomendação", reclamou Devanir.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) disse que a atuação do TCU tem servido, entre outras coisas, para trazer prejuízos à nação. O parlamentar questiona os prejuízos causados aos cofres públicos pela paralisação de obras do governo Federal e agora os R$ 30 milhões que serão gastos pelo Ministério da Educação com a reimpressão das provas do Enem. "O TCU esta em processo de desmoralização por conta de atitudes como esta que impedem a PF cuide da segurança das provas do Enem. Quem vai pagar por isso?" indagou o petista.
Uso político - Fernando Ferro denunciou ainda o aparelhamento político do TCU por parte da oposição. Segundo o parlamentar, o poder fiscalizatório do órgão tem sido usado como instrumento político para dificultar o andamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento PAC, prejudicando assim o desenvolvimento do País. "Temos que tomar urgentemente providencias em relação ao aparelhamento político do TCU. Pela sua composição é nítido que a oposição tomou conta e constituiu ali um núcleo de políticos da direitas sem mandato que ocupam a o TCU com objetivos eleitorais", denunciou Ferro.
Em 2005 o TCU determinou que a PF não mais colaborasse com a segurança dos exames elaborados pelo Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília), tradicionalmente contratado para elaboração de provas de concursos públicos. O entendimento do TCU se baseou no fato de que o edital para a escolha da empresa responsável pela confecção da prova também exigia a contratação de serviços de segurança, o que, em tese, seria uma sobreposição aos serviços da Polícia Federal."
FONTE: publicado ontem (04/10) no portal do PT.
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