domingo, 6 de dezembro de 2009

VIOLÊNCIA INDISCRIMINADA DOS EUA CONTESTADA POR PAQUISTANESES

Paquistaneses saem às ruas contra violência de americanos

"Convocados pelo Partido Trabalhista do Paquistão, paquistaneses saíram às ruas hoje para protestar contra a escalada dos "efeitos da guerra" na região. O partido condena a política adotada pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama para os países islâmicos com o aumento do envio de tropas estadunidenses e a escalada de violência no Afeganistão e no Paquistão. Não houve tumulto durante a manifestação.

Quando Obama assumiu a presidência havia cerca de 32 mil soldados estadunidenses no Afeganistão. Já no fim do primeiro semestre de 2009 já havia cerca de 100 mil soldados, o que representa um aumento de 312%.

Nesta terça-feira foi anunciado também um reforço das tropas estadunidenses no Afeganistão: serão mais 30 mil soldados no país já a partir de 2010.

Em pronunciamento recente, Obama afirmou que o Paquistão era ''um porto seguro para perigosos terroristas, cuja localização é conhecida, e cujas intenções são claras e não podem ser toleradas”.

Para o porta-voz do Partido Trabalhista, Farooq Tariq, esta declaração representa uma investida maior dos estadunidenses contra o país e pode significar “mais bombas, mais ataques e mais derramamento de sangue na região”. Líderes do partido afirmaram que Obama “desapontou muitos que tinham a ilusão de que ele pudesse trazer paz e prosperidade para o mundo”.

“Para muitos americanos a promessa da nova administração de Obama era de que finalmente os Estados Unidos iriam rejeitar o conceito de que eles podem ignorar as leis internacionais e usar a violência indiscriminadamente pelo mundo para assegurar seus interesses. Essa esperança foi destruída quando Obama cedeu para os generais e aos especialistas do neoconservadorismo expandindo os oito anos de guerra no Afeganistão e garantindo mais violações das leis da guerra”, afirmou o porta-voz Tariq.

Ao mesmo tempo o Partido Trabalhista também acusou o governo paquistanês de copiar a política econômica estadunidense, que estariam “promovendo a guerra e mais miséria para os paquistaneses”, e defendeu que o governo parasse de financiar as madrassas - escolas religiosas – e consequentemente, os fanáticos religiosos. “Pelo menos 10% deve ser gasto com educação, que deve ser ofertada gratuitamente até a universidade e para todos os paquistaneses”, disse."

FONTE: reportagem da Revista Fórum publicada no portal "Vermelho".

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