"EUA são acusados de provocar defeitos em bebês em Fallujah
Médicos na cidade iraquiana de Fallujah -palco de uma grande ofensiva realizada por tropas dos EUA contra 'insurgentes' [isto é, aqueles que resistiram à invasão militar do seu país] em 2004- relataram um aumento no número de crianças que nascem com defeitos congênitos. O problema estaria ligado às armas usadas por soldados americanos.
Uma equipe da rede britânica BBC, em visita a um recém-inaugurado hospital na cidade, presenciou crianças que sofrem de paralisia ou problemas cerebrais. O número de bebês que nascem com problemas cardíacos também aumentou.
Segundo testemunhas ouvidas pela equipe, autoridades em Fallujah chegaram a alertar as mulheres da cidade para que não tivessem filhos.
A reportagem diz que médicos e pais das crianças acreditam que os problemas tenham sido causados pelas "sofisticadas" [sic!] armas usadas por soldados americanos na ofensiva de seis anos atrás.
Malik Hamdan, pesquisadora iraquiana baseada no Reino Unido, disse à BBC que os médicos na cidade estão testemunhando um "número sem precedência" de defeitos cardíacos e um aumento no número de problemas no sistema nervoso de recém-nascidos.
Ela disse que as informações disponíveis até janeiro deste ano revelam que a taxa de problemas cardíacos congênitos é de 95 a cada mil nascimentos -a taxa é 13 vezes superior à encontrada na Europa.
Procurado, o Exército dos EUA disse 'não ter conhecimento' de nenhum relato 'oficial' sobre o problema... O porta-voz Michael Kilpatrick disse que preocupações com a saúde [deles] são levadas "muito a sério".
"Dispositivos explosivos não detonados, incluindo dispositivos improvisados, são um perigo reconhecido", disse."
FONTE: publicado hoje (05/03) na Folha de São Paulo [título e entre colchetes colocados por este blog].
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