"Líder do DEM diz que Brasil deve se posicionar contra programa nuclear iraniano
"O Brasil deve "adotar uma postura consonante com a comunidade internacional" em relação ao Irã, afirmou o senador José Agripino Maia, líder do DEM no Senado, ao comentar o tema, que deve ser o mais importante da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
"O Brasil não pode se colocar na contramão dos "países modernos" [sic], que têm uma preocupação forte com a [suposta futura] corrida nuclear no Irã", apontou o senador em declarações à ANSA. [O DEM, e o PSDB, contudo, como determina a política externa norte-americana, não ousam mencionar, ou mesmo se preocupar, com a real corrida nuclear, já há tempo em curso, dos EUA e Israel, nem mesmo da França, Inglaterra, Rússia, China, Índia, Paquistão].
Hillary, que chegou ontem a Brasília, tem uma agenda apertada nesta quarta-feira. Antes de se reunir com o presidente Lula às 15h, ela visita o Congresso, onde conversa com os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney, e se encontra com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para um almoço.
Segundo o Departamento de Estado norte-americano anunciou previamente à viagem, o programa nuclear iraniano será um dos temas da agenda da reunião com o presidente, visto que o Brasil 'tem se aproximado do governo' [sic?] de Mahmoud Ahmadinejad.
Junto aos outros membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha, os Estados Unidos impulsionam novas sanções para que o país islâmico encerre seu programa de enriquecimento de urânio, sob a acusação de que este tem fins militares. A intenção da Casa Branca seria justamente buscar o apoio brasileiro. [tais sanções não seriam aplicadas, nem pensadas, em relação ao não encerramento dos programas nucleares militares dos EUA, Israel e outros países fabricantes de bombas atômicas]
Já em relação a Cuba, país que tem o apoio brasileiro contra o embargo comercial norte-americano, imposto em 1962, o senador acredita que Lula "indignou e frustrou a opinião pública internacional, esperávamos dele uma posição afirmativa sobre direitos humanos". [O senador líder do DEM, com de costume submissamente aos EUA, nem se atreve a se indignar com as graves violações dos direitos humanos contra os "presos políticos" da base militar norte-americana na mesma ilha de Cuba, em Guantánamo. Tais presos, em sua maioria, lá estão por supostamente serem rebeldes, insurgentes contra a invasão militar de seus países pelos EUA]
O Haiti deve ser outro dos assuntos abordados durante a visita de Hillary a Brasília. Depois, a secretária fará uma rápida escala em São Paulo, antes de partir rumo a Costa Rica e a Guatemala."
FONTE: divulgado hoje (03/03) pela agência italiana de notícias ANSA (Agenzia Nazionale Stampa Associata) e postado no portal UOL [título e trechos entre colchetes colocados por este blog].
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