“A economia brasileira passa por um novo ciclo de crescimento robusto, tendo a demanda interna por bens e serviços como elemento propulsor do ritmo de expansão. A avaliação do Banco Central consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado ontem (30).
No documento, o BC destaca a recuperação dos investimentos, “o que ratifica o cenário de sustentabilidade, em médio prazo, da expansão da economia”. Segundo o banco, essa perspectiva é reforçada com a evolução de indicadores de confiança de empresários e consumidores, das condições do mercado de crédito e de trabalho, com aumento de ganhos salariais e formalização de emprego.
“O consumo das famílias deverá seguir impulsionado pela disposição dos trabalhadores de comprometer renda futura, em cenário de confiança elevada e disponibilidade de crédito”, informa o relatório. Para o BC, a retomada dos investimentos leva ao aumento da produção das empresas e “o comportamento do setor de construção, tende a se consolidar”.
O relatório acrescenta, que “as perspectivas favoráveis quanto à evolução da atividade econômica nos próximos trimestres devem incorporar, entretanto, o impacto negativo do efeito da antecipação de compras registrado no primeiro trimestre do ano, em resposta ao final da desoneração fiscal nos segmentos de automóveis e de outros bens duráveis, ocorrido nos primeiros meses do segundo trimestre”.
Ontem (30) o BC revisou de 5,8% para 7,3% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país - neste ano.
De acordo com as projeções, o setor agropecuário deverá crescer 5,4%, aumento de 0,1 ponto percentual em relação à estimativa divulgada em março.
A perspectiva para a expansão do setor industrial passou de 8,3% para 11,6%, com ênfase na revisão, de 10,1% para 13,3%, da estimativa para a construção civil. O setor de serviços deverá crescer 5,3%, ante 4,7% projetado anteriormente. A estimativa para o consumo das famílias aumentou de 6,1% para 7,2%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) deverá crescer 17,1%, ante 15,7% na projeção anterior. O aumento dos investimentos “deve ser reforçado por projetos ligados ao setor de petróleo (pré-sal) e de infraestrutura, em grande parte, liderados pelo setor público”. Além disso, o BC destaca a realização de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada, que devem estimular expansão do investimento privado nos próximos anos.”
FONTE: reportagem de Kelly Oliveira publicada pela Agência Brasil (edição: Tereza Barbosa)
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