A PARTIR DO ACORDO COM BRASIL E TURQUIA, POTÊNCIAS PROPÕEM DIÁLOGO "TÉCNICO" COM IRÃ
RÚSSIA DIZ QUE REUNIÃO DE ESPECIALISTAS SERIA RESPOSTA AO ACORDO COM BRASIL E TURQUIA
“Os EUA, a Rússia e a França propuseram à AIEA (agência da ONU de energia atômica) a realização de um encontro entre os seus especialistas nucleares e os do Irã, disse o chanceler russo, Serguei Lavrov, ontem, em Jerusalém.
Segundo Lavrov, o encontro seria uma "resposta à iniciativa turco-brasileira", ou seja, ao acordo de troca de combustível nuclear firmado entre o Irã, o Brasil e a Turquia, no mês passado.
O acordo prevê que o Irã envie seu urânio pouco enriquecido à Turquia e receba em troca o combustível enriquecido a 20%, próprio para uso medicinal, mas inadequado para fins militares.
No dia seguinte ao anúncio do acordo, porém, Washington remeteu ao Conselho de Segurança da ONU novas sanções ao Irã, que acabaram aprovadas.
De acordo com o chanceler russo, o encontro será possível assim que o "Irã parar de enriquecer urânio a 20%"
[Essa exigência é ‘estranha’, muito em sintonia com os EUA e Israel, pois enriquecer a 20% é próprio para usos pacíficos como o medicinal, mas inadequado para fins militares; não é nível “proibido”. Além do mais, Israel, vizinho do Irã, não aceita integrar o TNP, não aceita visitas da AIEA, fez centenas de bombas atômicas e o “Ocidente”, isto é, os EUA e as grandes potências bélicas atômicas, não aceitam qualquer menção e recriminação a Israel ...]
"Espero que o Irã reaja de um modo construtivo porque isso permitiria estabelecer as bases da solução para uma situação que é fonte de preocupação", afirmou.
Ontem, a Turquia voltou a pedir que Teerã e potências dialoguem. "Se as partes não se sentarem para negociar, essa situação irá piorar", disse Burak Özügergin, o porta-voz da Chancelaria turca.
"O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, falou [em reunir-se] no mês de agosto. Nós preferiríamos que fosse antes", completou, em referência ao anúncio feito anteontem pelo mandatário iraniano de que só voltaria à mesa de negociações naquele mês.”
FONTE: divulgado pela agência francesa de notícias France Presse e publicado na Folha de São Paulo [título e entre colchetes colocados por este blog]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário