“Relatório sobre terrorismo global divulgado pelos Estados Unidos (04/08) elogiou as medidas tomadas pelo governo brasileiro no combate ao terrorismo na América Latina. O documento também aponta a preocupação do governo norte-americano com a presença de simpatizantes de grupos radicais islâmicos como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
“A estratégia de combate ao terrorismo do governo brasileiro consistiu em impedir terroristas de usar o território brasileiro para facilitar ataques ou levantar recursos, monitorar e acabar com atividades criminosas transnacionais que poderiam apoiar ações terroristas”, diz o documento.
O relatório também afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido um crítico do uso de violência pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "[O presidente] pediu publicamente ao grupo para por fim à violência contra o governo colombiano".
A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) são apontadas no relatório como os órgãos responsáveis pelo combate ao terrorismo no país. “Em julho, o chefe da Divisão de Inteligência da Polícia Federal brasileira afirmou, durante uma audiência da Câmara de Deputados, que um indivíduo preso em abril tinha ligações com a Al Qaeda”, registra o documento.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos também abordou a possibilidade da existência de grupos extremistas islâmicos na fronteira entre o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. "Esses simpatizantes podem estar levantando fundos na área da Tríplice Fronteira por meio de atividades ilícitas ou solicitando doações dos membros da numerosa comunidade de imigrantes do Oriente Médio na região". No entanto, segundo o relatório, ainda não há informações confirmadas que indiquem a presença desses grupos na região.
O documento apresentado ao Congresso americano apontou a organização extremista Al-Qaeda, com liderança no Paquistão, como a principal ameaça terrorista aos Estados Unidos. Segundo as autoridades americanas, a Al-Qaeda “provou ser um grupo terrorista adaptável e resistente, cujo desejo de atacar os Estados Unidos e interesses americanos no exterior continua forte”.
O governo norte-americano também destacou o avanço da rede extremista na África, por meio do Noroeste da Somália e do Iêmen, região classificada como "altamente instável e um ambiente permissivo para trânsito e treinamento de terroristas".
O documento classificou o Irã, a Síria, Cuba e o Sudão como estados patrocinadores de atividades terroristas. De acordo com o governo norte-americano, o Irã é o principal patrocinador do terrorismo e Cuba apoia grupos armados, como as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Liberação Nacional (ELN).”
FONTE: reportagem de Daniella Jinkings publicada pela Agência Brasil (edição: Lana Cristina).
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