Roriz e Serra
“NOVOS TEMPOS
É bom que o Poder Judiciário se dê conta dos novos tempos e ajude na limpeza da classe política. Foi um alívio para os habitantes de Brasília saber que Joaquim Roriz não voltará ao governo com sua malta atrasada e, principalmente, com seu desrespeito aos dinheiros públicos. Como se sabe, recebeu ele propina de dois milhões de reais do dono da Gol, para mudar o gabarito de terreno de sua propriedade, por cuja posse ele precisara até recorrer a capangas e ao homicídio.
VISITA
O ex-secretário de Ciência e Tecnologia Hélio Barros e a mulher, embaixadora do Brasil em Cabo Verde, levaram o filho Luís, que cumpre curso de doutorado no Arizona, para conhecer o restaurante Coco Bambu, aqui de Brasília.
SUJOU...
Pois bem, ficando rico, percebeu que sairia muito mais barato dar uma propina gorda ao governador de Brasília. Foi o que ele fez. Quando a mutreta foi descoberta, Roriz inventou mil desculpas. O dono da Gol lhe teria emprestado dois milhões para adquirir uma bezerra... de ouro. Não convenceu. Sabendo que, pela pressão da opinião pública, seria cassado pelo Senado, renunciou ao mandato, pretendendo garantir-se impunidade. Ficou, porém, com a ficha suja e, aí, a Justiça Eleitoral o pegou.
FAVORITO
Porque era e é o candidato favorito ao Governo do Distrito Federal pela doação de terrenos e casas populares para os emigrantes que chegavam ao Planalto, em busca de melhor vida. Claro que, ao lado disso, ia comprando fazendas, gado e imóveis em Brasília e em Luziânia. Tudo colocado em nome das filhas. Quando declarou seus bens, esqueceu de seis mil cabeças de gado de sua propriedade. Como não lembrar doze mil chifres de sua propriedade? O medo dos brasilienses reside na leniência dos outros níveis do Judiciário, muito embora Roriz não tenha ali amigos tão importantes quanto Daniel Dantas. Esperamos que os juízes e ministros nos livrem de tal vergonha.”
FONTE: notas de Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste [título e imagem colocados por este blog].
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