domingo, 17 de outubro de 2010

‘FOLHA’ PUBLICA CONSEQUÊNCIA DA PRIVATIZAÇÃO (DA ESTRANGEIRIZAÇÃO) DA TELEFONIA NO BRASIL

ANTES, UMA OBSERVAÇÃO. O ATUAL AUMENTO DA QUANTIDADE DE CELULARES NO BRASIL NÃO É CONSEQUÊNCIA DA "PRIVATIZAÇÃO" DE FHC. DIZER ISSO SERIA UM SOFISMA. É RESULTADO DA PRÓPRIA DISSEMINAÇÇÃO DESSA TECNOLOGIA NO MUNDO. DA MESMA FORMA, NÃO PODEMOS DIZER QUE O AUMENTO EXPONENCIAL DO Nº DE COMPUTADORES E DO USO DA INTERNET NO BRASIL É OBRA EXCLUSIVAMENTE DEVIDA AO GOVERNO LULA.

‘FOLHA’ PUBLICA CONSEQUÊNCIA DA “PRIVATIZAÇÃO” TUCANA (DOAÇÃO PARA ESTRANGEIROS, NA PRÁTICA) DA TELEFONIA NO BRASIL: “TARIFA DE CELULAR DO BRASIL É A MAIS ALTA ENTRE EMERGENTES”

ESTUDO DA ONU DIZ QUE PREÇO É MAIS DO QUE O DOBRO DA MÉDIA MUNDIAL

Penetração de telefones está correlacionada à renda; diferenças são grandes entre os Estados brasileiros

O Brasil tem a tarifa de celular mais alta entre os países emergentes, em pacote que inclui tráfego de dados.

É o que aponta estudo realizado pela ONU baseado em dados de 2009 fornecidos pela fabricante Nokia Siemens.

Dos 78 países pesquisados, apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio mensal do pacote -que inclui 165 minutos de conversação, 174 mensagens de texto, uma mensagem de foto, um download de toque e 2,1 megabytes em transferência de dados- tem custo acima de US$ 120 (R$ 199).

Esse preço é mais do que o dobro da média cobrada nos outros países, que é de US$ 46,50 (R$ 77).

De acordo com o documento, existe uma grande variação de preços.
Em algumas nações, como Bangladesh, Índia e China, é possível encontrar pacotes por menos de US$ 20 por mês (ver quadro), enquanto, em outros, isso não é possível por menos de US$ 100.

Em 2008, último dado disponível, do total pago pelo usuário de telefonia celular nos países emergentes, 79% correspondem ao serviço prestado pelas operadoras, 14% aos impostos e apenas 7% aos aparelhos.

Devido ao custo, a penetração de celular no mercado brasileiro reflete as desigualdades regionais.

Uma das conclusões do relatório é que o acesso aos celulares é inversamente proporcional à renda da região.

Dos Estados brasileiros, o Maranhão é o que tem menor penetração de celulares, com menos de 44 aparelhos para cada 100 habitantes. Esse número é bem abaixo da média brasileira, de 90 aparelhos para cada 100 pessoas.

Por outro lado, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul possuem, em média, mais de um aparelho por habitante. O maior índice de penetração de telefones móveis está no Distrito Federal, com 159 celulares para cada 100 pessoas.

TECNOLOGIA E POBREZA

Os números fazem parte de um estudo da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) que mostra que os acessos à informação e às tecnologias de comunicação estão aumentando entre os mais pobres.

Os dados mostram que o número de celulares para cada 100 habitantes nos países emergentes cresceu de 2, em 2003, para 25, em 2009.

Um dos fatores que explicam o incremento de acesso é a maior facilidade de implantação de rede sem fio em relação à telefonia fixa, especialmente em áreas rurais.

Segundo o estudo, além de prover maior acesso à informação, esse crescimento beneficia as economias através da criação de empregos pelas indústrias de tecnologia.

Além disso, há a redução de custos das pequenas e microempresas, que podem, por exemplo, fazer transações bancárias mais baratas pelo telefone, em locais com acesso limitado a agências.

Para a ONU, os governos devem garantir que a população tenha rede de cobertura disponível para usar o celular, além de aumentar o acesso ao tráfego de dados em alta velocidade.”

FONTE: “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1610201036.htm) [título modificado por este blog].

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