domingo, 29 de setembro de 2013

JORNALISTA PODE TER SIDO PRESA E HUMILHADA A PEDIDO DE JOAQUIM BARBOSA


Joaquim Barbosa

Do "Jornal GGN"

“O blogueiro e jornalista Luis Nassif aventa a hipótese de que a prisão da jornalista do ‘Estadão’ tenha acontecido por pedido do próprio presidente do STF, Joaquim Barbosa. Repórter do mesmo jornal já foi alvo de descontrole emocional do ministro, que o ofendeu dizendo que ele “chafurdava no lixo”. Nassif explica os indícios que o fizeram acreditar na participação de Barbosa [talvez por conta de reportagens do ‘Estadão’ que tornaram públicos procedimentos de Joaquim Barbosa suspeitos e irregulares (para um funcionário público), como a compra de um apartamento em Miami por uma sua empresa registrada com sede em apartamento do governo em Brasília. Também, por suspeitas de compra de passagens aéreas com dinheiro público para fins particulares (ver jogo do Brasil no Maracanã)].

JORNALISTA PODE TER SIDO DETIDA A PEDIDO DE JOAQUIM BARBOSA


Pelo relato da correspondente do “Estadão”, Cláudia Trevisan – que foi detida e algemada pela polícia, ao tentar assistir a uma palestra do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa na Universidade de Yale – a maior suspeita sobre o causador do episódio recai sobre o próprio Barbosa.


            Cláudia Trevisan



A correspondente entrou normalmente em Yale, circulou pelos corredores em que circulam alunos, professores e visitantes.

Ao pedir informações a um policial, foi detida. E as declarações do policial deixam as pistas sobre a origem das denúncias contra a correspondente (http://glurl.co/csC):

Foi o único momento em que me alterei. Disse que ele não podia fazer isso. Ele respondeu que sim e teve seu êxtase autoritário: “we know who you are, you are a reporter” (você sabe quem você é, você é uma repórter). Que crime!!!! “We have your picture, you were told several times you could not come” (Nós temos sua foto, você foi avisada várias vezes que não podia vir)”.

A troco de quê a policia de Yale teria uma foto da correspondente? Foram avisados por quem, se a única pessoa que sabia de sua ida à Universidade era o próprio Joaquim Barbosa?

Mais. Segundo o relato:

Fui algemada enquanto ele dizia “you know why you are being arrested, no?” (você sabe porque está sendo presa, não?). Ao que eu dizia que não. “You were told several times you could not come here” (Você foi avisada diversas vezes que não poderia vir aqui). Ao que eu repetia que não”.

Ora, pelo relato, a única pessoa que sabia da ida de Trevisan ao evento era o próprio Joaquim Barbosa. Segundo a matéria do “Estadão”, “Ela também havia conversado previamente, por telefone celular, com o próprio ministro Barbosa, a quem solicitou uma entrevista. Barbosa disse que não estava disposto a falar com a imprensa. Claudia, então, informou o presidente do STF que o aguardaria e o abordaria do lado de fora do prédio” (http://glurl.co/csA).

‘NÃO ENTREI ESCONDIDO NEM FORCEI A ENTRADA’

Leia a íntegra do relato da correspondente do ‘Estado’ em Washington, Cláudia Trevisan, enviado ao embaixador Cézar Amaral, cônsul-geral do Brasil em Hartford (EUA)

Por Cláudia Trevisan – correspondente do “Estado” em Washington

Caro Cézar, obrigada por sua preocupação e empenho no caso. A história começou na manhã de quinta-feira, 26, quando o jornal decidiu que eu deveria tentar falar com o ministro Joaquim Barbosa na Faculdade de Direito de Yale. Ele participava lá de um evento chamado “Global Constitutionalism Seminar 2013″.

Liguei para a diretora de Comunicações da Faculdade de Direito, Janet Conroy, e perguntei se poderia ter acesso ao evento. A resposta foi que não. Segundo ela, o evento era fechado e eu não poderia entrar no prédio. Eu disse que iria mesmo assim e esperaria o ministro na calçada.

Cheguei a New Haven por volta das 14h30 e fui para a Faculdade de Direito. Quando entrei, me dirigi à segurança que estava na portaria e perguntei onde estava sendo realizado o evento. Meu objetivo era ter certeza do local para poder esperar o ministro do lado de fora. Ela disse que não tinha informação sobre o seminário no website da faculdade e sugeriu que eu olhasse nas salas do corredor principal do prédio. Não pediu minha identificação nem impediu que eu entrasse. Pelo contrário.

Portanto, “I did not sneaked or broke in” (Eu não entrei escondido nem forcei a entrada). Eu andei pelos corredores, olhei pelos vidros dentro das salas, subi dois andares, comprei uma água na cafeteria, sentei no pátio interno e conclui que o seminário não estava ocorrendo naquele edifício.

Sai de lá e fui ao “Wooley Hall”, uma sala de concertos da Faculdade de Direito onde seriam realizados os eventos de hoje do seminário. As portas do lugar ficam abertas e a entrada é livre. Muitas pessoas usam o hall como atalho entre uma praça e a rua que fica do outro lado. Não havia ninguém para pedir informações na entrada.

Subi as escadas e me dirigi a um policial. Perguntei se o evento estava sendo realizado ali. Ele não respondeu e pediu que eu o acompanhasse, o que fiz sem protestar ou resistir. No andar de baixo, ele começou a me fazer perguntas. Eu não disse que era jornalista, mas falei que estava em busca do ministro Joaquim Barbosa e que pretendia esperá-lo do lado de fora. Informei meu endereço, telefone e voluntariamente entreguei meu passaporte quando ele pediu uma identificação. Quando estávamos já do lado de fora do prédio, pedi meu passaporte de volta e ele se recusou a entregá-lo.

Foi o único momento em que me alterei. Disse que ele não podia fazer isso. Ele respondeu que sim e teve seu êxtase autoritário: “we know who you are, you are a repórter” (você sabe quem você é, você é uma repórter). Que crime!!!! “We have your picture, you were told several times you could not come” (Nós temos sua foto, você foi avisada várias vezes que não podia vir). Ao que respondi que sim, era uma repórter, mas não havia sido alertada “several times” (muitas vezes) de que não poderia estar ali. Ao que ele respondeu que eu seria presa por “criminal trespassing” (invasão criminosa).

Duas policiais chegaram e ficaram me vigiando. Nesse momento, consegui ligar para o Benoni na Embaixada de Washington e avisar que seria presa. Logo depois, o mesmo policial, DeJesus, voltou, ordenou que eu ficasse em pé de costas para ele e colocasse minhas mãos para trás. Fui algemada enquanto ele dizia “you know why you are being arrested, no?” (você sabe por que está sendo presa, não?). Ao que eu dizia que não. “You were told several times you could not come here” (Você foi avisada diversas vezes que não poderia vir aqui). Ao que eu repetia que não.

Isso ocorreu por volta das 16h15. Em nenhum momento me disseram o “Miranda Rights” (leitura obrigatória dos direitos). Fui colocada em um carro de polícia e esperei por cerca de uma hora. Nesse período, apareceu uma pessoa ligada ao “dean” (“diretor”) da Faculdade de Direito, que falou com o policial rapidamente. Ele me viu no carro, mas não se interessou por saber minha versão dos fatos (quando estudei Direito, aprendemos a desconfiar de relatos policiais e a valorizar o contraditório).

Por volta das 17h15, fui transferida para um camburão e levada ao distrito policial. Pedi para dar um telefonema, mas não permitiram. Disseram que eu teria que ser “processed first”, o popular “fichada”. Fui revistada por uma policial e colocada em uma cela, dessas que vemos em filmes americanos. Havia um vaso sanitário e um policial fornecia papel higiênico pela grade. Não havia nenhuma privacidade e tinha que “ir ao banheiro” com policiais passando pelo corredor. Fiquei cerca de 3h30 na cela. No total, permaneci quase cinco horas incomunicável. Só pude dar meu primeiro telefonema às 21h20, pouco antes de ser solta.

A grande questão é por que fui presa se obedeci ao policial, não ofereci resistência e pretendia sair do prédio. Ao que eu saiba, ser jornalista não é crime tipificado pela legislação americana.”

FONTE: postado pelo jornalista Miguel do Rosário no blog “Tijolaço”  (http://tijolaco.com.br/index.php/nassif-jornalista-pode-ter-sido-humilhada-a-pedido-de-barbosa/). [Título e trecho entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

COMPLEMENTAÇÃO

JOAQUIM BARBOSA QUER SALÁRIO DE R$ 40 MIL !!!


["Baixos salários" (!!!) dos Ministros do STF e dos Juízes em geral talvez não os estejam motivando a trabalhar e desengavetar o "Mensalão Tucano", há 15 anos aguardando julgamento]

Do blog “Os amigos do Presidente Lula”

“O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa, deseja um aumento bastante generoso para ele e seus colegas de Corte. Joaquim Barbosa avisou ao presidente da Câmara, o deputado Henrique Alves (PMDB), que enviará um novo projeto ao Congresso a fim de aumentar para R$ 40 mil o salário dos ministros do STF !!! No mês de agosto deste ano, Barbosa solicitou reajuste de remuneração, hoje de R$ 28,059,28 para R$ 30,658,42 mil. As informações são do site “Diário do Poder”, do jornalista Cláudio Humberto.

O pedido do ministro esbarra no desejo de diminuição dos gastos públicos. Recentemente, nos protestos que aconteceram a partir do mês de junho no país, manifestantes pediam, entre as pautas, a diminuição dos gastos da máquina pública. Caso o aumento no salário dos ministros do STF seja referendado, o teto do funcionalismo público, que hoje tem como referência os rendimentos dos magistrados, será elevado. Ou seja, poderia ocorrer uma série de aumentos em salários de servidores públicos em todo o país.

No mês de julho, Joaquim Barbosa se envolveu numa nova polêmica por recebido, em “benefícios atrasados” [sic], R$ 580 mil. O ministro recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso “bônus salarial” [sic], como forma de “compensação ao auxílio-moradia concedido a deputados e senadores” [sic]. Além dele, outros 603 membros do Ministério Público Federal teriam recebido valores semelhantes. A prática é legal, porém polêmica [e aparentemente imoral].

Somado a esse valor, o presidente do STF recebeu, ainda, cerca de R$ 226,8 mil, considerando a moeda de hoje, em 2007. A quantia foi resultado da conversão em dinheiro de 11 meses de “licenças-prêmio não gozadas” [sic] por ele. Ao todo, Barbosa embolsou R$ 580 mil. Com os devidos reajustes, esse valor sobe para R$ 704,5 mil !!!

FONTE: blog “Ao amigos do Presidente Lula”  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2013/09/joaquim-barbosa-quer-salario-de-r-40-mil.html) . [Trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política].

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