"O Conversa Afiada recebeu o seguinte comentário de amigo navegante argentino, o Hernán":
"Sou argentino, residente no Brasil, Historiador e mestre em Ciência Política.
Agora o JN foi catar um “cientista político” argentino para falar de Honduras, ninguém menos que o Rosendo Fraga. Menemista, obviamente da direita, que impudicamente falou a favor do golpe.
Amanhã perguntarão no Chile, talvez a algum pinochetista de plantão. Sobre o passado da França, a alguém de Petain, depois pelo Paraguai, a um nostálgico do Stroessner, e assim vai.
Em bom espanhol: Dime con quién andas y te diré quién eres."
O “cosmopolitismo” é uma das últimas barreiras do racismo brasileiro contra o presidente Lula.Faz parte da ideologia da elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo), o dogma de que o “cosmopolitismo”, o “saber apresentar-se aos estrangeiros”, “freqüentar a Metrópole”, isso é monopólio da elite.
Só os tucanos sabem francês. O Farol de Alexandria materializou o preconceito racial de forma exemplar.
Ele se dizia ter “um pé na cozinha”, mas, na verdade, tinha um pé na cozinha do Pedro Moreira Salles.
O Itamaraty era território reservado à elite branca.
Fazer sucesso no exterior, só eles.
Fernando Henrique reproduzia nos salões europeus o que se ouvia por onde Pedro II passava: o país não presta, mas o Imperador é ótimo.
Quando Obama disse que Lula é “o cara”, “this is my man !”, o PiG [Partido da Imprensa Golpista] menosprezou, porque Obama é negro e, provavelmente, não é americano, como suspeita a extrema-direita americana.
O PiG odeia o Obama.
O que acontece agora, porém, é demais.
Não basta o sucesso dentro do Brasil.
A vingança da marolinha, a redução da pobreza.
Ainda por cima, o sucesso na “metrópole”.
Veja bem, amigo navegante: o mundo passará a debater as questões econômicas numa assembléia de que o Brasil faz parte, o G-20.
O PiG escondeu a notícia (o Conversa Afiada, não).
E além de esconder, como o Estadão de hoje (27/09), na pág. B13, faz questão de ressaltar que o G-20 não vai dar em nada …
Sem falar no Clovis Rossi, da Folha, o “cosmopolita” do sótão – o “cosmopolita” do porão é a Eliane Catanhêde.
Que estava em Pittsburgh e não percebeu a passagem do bastão do G-8 para o G-20…
Agora, o Zelaya.
A ONU, a OEA, a Europa, todo mundo apóia Zelaya e a atitude do Brasil é exemplar – e central.
É o resultado do peso que a diplomacia do Governo Lula passou a desempenhar.
Os ressentidos, aqueles que construíram a “diplomacia da dependência”, que falava francês no foyer e lá dentro, na coxia, pedia dinheiro emprestado ao FMI, essa diplomacia dos Lampreia, dos Barbosa, dos Azambuja agora vai para os jornais desacatar o Brasil.
É o racismo.
Eles são a vitrine do racismo.
São a Rue du Faubourg Saint-Honoré do racismo de Higienópolis.
Racismo que se manifesta de formas variadas.
Mas, é um só: o racismo contra o nordestino e contra o pobre.
Contra o operário metalúrgico que vai despejar o Fernando Henrique Cardoso na mesma gaveta em que a História depositou o Presidente Eurico Gaspar Dutra.
Outro entreguista que a elite adorava …"
FONTE: texto do jornalista Paulo Henrique Amorim publicado ontem (27/09) no portal "Conversa Afiada".
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