terça-feira, 22 de setembro de 2009

FAB DÁ MAIS PRAZO PARA PROPOSTAS DE CAÇAS

"A pedido das empresas que disputam o contrato que a Força aérea Brasileira (FAB) pretende assinar para comprar 36 aviões de combate, o Comando da Aeronáutica voltou a prorrogar o prazo para que as concorrentes apresentem novas e melhores propostas de vendas de seus caças. A francesa Dassault, a sueca Saab e a americana Boeing terão até o dia 2 de outubro para fazerem novas ofertas.

O prazo, que terminaria ontem, havia sido fixado no dia 11. Na ocasião, o Ministério da Defesa justificou a primeira prorrogação alegando a necessidade da Dassault, fabricante dos aviões militares Rafale, formalizar uma proposta comercial compatível com os parâmetros prometidos pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante sua visita ao Brasil, nos dias 6 e 7 de Setembro.

Sarkozy assinou uma série de acordos comerciais na área militar e se comprometeu a ofertar os caças Rafale ao Brasil por "preços competitivos, razoáveis e comparáveis aos pagos pelas Forças Armadas francesas".

Em razão da própria disputa comercial, ainda não há valores oficiais sobre o custo da aquisição, mas, com base em outros casos, estima-se que gire entre US$ 4,5 bilhões e US$ 7 bilhões.

Na semana passada, o vice-ministro da Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, afirmou que tanto o governo sueco, quanto a Saab, fabricante do Gripen NG, estão interessados em ter o Brasil como parceiro. Os suecos disseram que podem oferecer o caça pela metade do preço e também transferir a tecnologia necessária para que o Brasil possa, futuramente, desenvolver suas próprias aeronaves.

Em nota divulgada no dia 11, o Comando da Aeronáutica manifestou a expectativa de que todo o processo de análise técnica esteja concluído até o fim de outubro, quando os resultados serão entregues ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o Comando da Aeronáutica, os concorrentes estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação; participação da indústria nacional; e aspectos operacionais e comercial. O domínio do sistema de armas vai garantir que o Brasil use, sem nenhuma restrição, os armamentos próprios, já existentes ou a serem desenvolvidos.

Consultada, a assessoria da Aeronáutica não soube informar se algum dos três concorrentes já havia entregue sua proposta final."

FONTE: publicado hoje (22/09) no jornal Valor Econômico.

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