sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FGV: BRASILEIRO NO MÁXIMO DO OTIMISMO

Brasileiro está otimista com emprego, mas planeja gastar menos

"O brasileiro nunca esteve tão otimista em relação ao emprego, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgados nesta sexta-feira. Os planos de gastar, no entanto, são mais cautelosos e a intenção de compra de bens duráveis registrou a terceira queda consecutiva.

Segundo a pesquisa, em outubro, 24,7% disseram acreditar que será mais fácil encontrar emprego nos próximos seis meses. Na outra ponta, 18% acham que será mais difícil. O restante acha que será igual. Esse é o maior nível da série histórica, iniciada em 2005.

Em dezembro de 2008, quando o índice alcançou o pior nível durante a crise, 12,8% estavam otimistas em relação ao emprego e 38,4% eram pessimistas.

Neste mês de outubro, segundo a FGV, os resultados de São Paulo ajudaram a puxar o otimismo. Dos entrevistados, 34,3% acreditam que haverá ampliação do emprego e 12,5% apostam na redução.

Consumo

A intenção de compra de bens duráveis, no entanto, registrou a terceira queda seguida em outubro. segundo a FGV, 9,7% têm expectativa de adquirir itens e 27,8% não têm.

Em julho, último mês antes das reduções, 15,1% pretendiam comprar e 29% não pretendiam.

A queda, segundo a FGV, pode ser resultado de um endividamento menor por parte dos consumidores. A pesquisa aponta ainda a possibilidade de os consumidores já terem feitos suas comparas aproveitando a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Importados) sobre automóveis e linha branca, principalmente.

Confiança

Ainda segundo a FGV, depois de dois meses de acomodação, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) voltou a subir, alcançando o maior nível desde maio de 2008, o que mostra a confiança da população na recuperação da economia brasileira.

O índice, composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor, teve elevação de 2,2% entre setembro e outubro, ao passar de 111,2 para 113,6 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

Entre as classes sociais, os mais pobres são os únicos que ainda não recuperaram o nível de confiança verificado antes do agravamento da crise econômica no Brasil.

O indicador que mensura a percepção sobre a situação atual subiu 5,6% nesse período, registrando o sexto aumento consecutivo. Já o de expectativas, que mede o otimismo em relação aos meses seguintes, ficou estável.

A confiança entre os ganham até R$ 2.100 está 5,7% abaixo da registrada em setembro de 2008. Na faixa entre R$ 2.100 e R$ 4.800, a confiança cresceu 2,2%, na mesma comparação. No intervalo entre R$ 4.800 e R$ 9.600 a alta é de 8,4% e, acima dessa faixa, crescimento de 3,2%.

Entre os quesitos que compõem o ICC, a maior contribuição para o avanço de outubro veio da melhora na avaliação sobre a situação econômica local no momento."

FONTE: reportagem de Cirilo Júnior, da Folha Online, no Rio, publicada hoje (23/10) no portal UOL.

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