terça-feira, 27 de abril de 2010

OTIMISMO DO CONSUMIDOR ALCANÇA ALTOS NÍVEIS

"Otimismo do consumidor é o mais alto desde maio de 2008

A percepção de melhora no cenário econômico, principalmente do mercado de trabalho, fez com que a confiança do consumidor brasileiro atingisse, este mês, o maior nível desde maio de 2008. Os dados constam da "Sondagem do Consumidor", divulgada nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Seja pela expectativa futura quanto pela avaliação da situação econômica local, o consumidor demonstra otimismo nos padrões que eram verificados no período pré-crise, em meados de 2008.

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) cresceu 3,5% em relação a março, maior variação desde junho de 2009. A pontuação totalizou 115,3 pontos, maior nível desde maio de 2008, quando o índice somou 115,5 pontos.

"O consumidor supera o grau de otimismo do fim do ano passado, e já se aproxima dos níveis de 2008. As incertezas em relação a inflação diminuíram em março e abril, e a persistência da melhora da economia elevou a avaliação do consumidor em abril", afirmou o coordenador do núcleo de pesquisas e análises econômicas da FGV, Aloisio Campelo.

A análise do consumidor a respeito da situação atual nunca foi tão boa. O chamado ISA (Índice da Situação Atual) subiu 2,8% perante março, chegando a 125,2 pontos, nível recorde desde o início da série histórica, em setembro de 2005.

Recentemente, o consumidor demonstrava baixa expectativa em relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses. Em abril, no entanto, o IE (Índice de Expectativas) subiu 4,1% ante março, chegando a 110,1 pontos, maior patamar desde julho do ano passado.

A expectativa de compra de bens duráveis aumentou 3,6% este mês, totalizando 85,8 pontos. Essa pontuação iguala a verificada em julho de 2009, sendo a maior desde junho de 2008, quando somou 87,8 pontos.

A FGV mediu também a percepção do mercado de trabalho, embora essa medição não influencie a pontuação dos índices relativos à confiança do consumidor. Sobre o momento atual, nunca o brasileiro achou tão simples conseguir emprego. Do total de entrevistados, 8,4% disseram considerar fácil ser admitido, nos dias de hoje. Já para 59,6% dos consultados, ainda é difícil arranjar emprego. Outros 32% responderam que a situação é normal.

Sobre o mercado de trabalho nos próximos seis meses, a avaliação é a segunda melhor da série, ficando atrás apenas do resultado de novembro do ano passado. Para 22,4% dos entrevistados, será mais fácil conseguir um emprego no futuro próximo. Por outro lado, 15,2% afirmaram que conseguir ser efetivado será mais complicado. Já para 62,4%, buscar emprego não terá diferença em relação ao momento atual."

FONTE: reportagem de CIRILO JUNIOR publicada hoje (27/04) pela Folha Online.

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