"A indústria brasileira apresentou indicadores de aquecimento em março na comparação com os dois primeiros meses do ano, de acordo com dados da Sondagem Industrial divulgado nesta quarta-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
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O resultado puxou o nível de emprego industrial no trimestre para o maior patamar desde o terceiro trimestre de 2004. A sondagem mostra que o emprego na indústria alcançou 55,5 pontos no primeiro trimestre, o que representa 2,4 pontos acima do registrado no primeiro trimestre de 2008, quando não havia sinais de crise no Brasil.
De acordo com a sondagem, a evolução da produção teve resultado de 62,9 pontos em março. Os números acima de 50 apresentam melhora no índice e a proximidade com os 100 pontos indicam maior intensidade no crescimento. Os números em janeiro e fevereiro ficaram praticamente estáveis.
Para o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o crescimento no primeiro trimestre não é comum e indica uma recuperação em relação aos resultados negativos da crise. "A força de recuperação se sobrepõe ao ajuste sazonal de queda", aponta.
O nível de utilização da capacidade instalada superou a expectativa dos empresários.
No trimestre, o índice que mede quanto do parque produtivo está produzido ficou acumulado em 74%. A média para os três primeiros meses do ano é de 73,9%. O número do trimestre está um ponto percentual abaixo do mesmo período em 2008.
Os estoques em março acompanharam o desempenho registrado nos dois primeiros meses do ano. O nível próximo de 50 mostra que o resultado é próximo do esperado pelos empresários. Os estoques do trimestre ficaram abaixo do esperado pela indústria.
Os empresários mostraram menor otimismo em relação ao crescimento da demanda e o mercado de exportações. Apesar disso, a indústria ainda espera aumento nas exportações e crescimento da demanda.
A sondagem com as indústrias mostram os empresários mais satisfeitos com a margem de lucro operacional e melhora na situação financeira. A indústria identifica dificuldades no acesso ao crédito, ou seja, demonstraram algum problema na busca por financiamentos, como falta de garantias exigidas.
As respostas dos empresários sugerem ampliação na compra de matérias-primas e na contratação de materiais nos próximos seis meses."
FONTE: reportagem de GABRIEL BALDOCCHI publicada pela Folha Online.
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