domingo, 22 de agosto de 2010

UM TUCANO DE CODINOMES "BETO" E "MATEUS"...


“A cúpula da campanha de Dilma Rousseff (PT) coletou dados sobre tucanos que, a exemplo da candidata do PT à Presidência, participaram de organizações conhecidas por pregar a luta armada na ditadura militar.

A ofensiva só irá para o programa de TV, no entanto, se o candidato do PSDB, José Serra, recorrer à estratégia de vincular a ex-chefe da Casa Civil a ações terroristas.

Até mesmo o Presidente Lula será acionado, em caso de emergência, para dizer que já foi vítima do que o PT chama de "tática do medo".

O resgate da história põe na berlinda o concorrente do PSDB ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil quando Serra era governador de São Paulo e ex-secretário-geral da Presidência na gestão de Fernando Henrique Cardoso [foi Ministro da Justiça do governo FHC/PSDB/DEM-PFL!]. Além dele são mencionados o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, morto em 1998, e o deputado José Aníbal (SP).

Aloysio ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN), que pregava a luta armada, nos anos 60. Adotou codinomes na ditadura: era chamado de "Beto" e "Mateus". Motta, por sua vez, entrou na Ação Popular (AP), grupo de influência católica que abrigou o próprio Serra. Ao contrário do presidenciável, que se exilou no Chile depois do golpe militar de 1964, ficou no Brasil e foi preso em 1965.

Aníbal foi companheiro de Dilma na organização revolucionária marxista Política Operária (Polop), em Belo Horizonte. "Dilma e eu nos separamos, em maio de 1969, porque eu achava que aquele caminho estava equivocado", disse o deputado. "Mas citar isso na propaganda, sem contextualização, é um rebaixamento político da campanha. O PT quer esconder o mensalão e fica agora fazendo ameaças."

Jogo de risco.

Lula assistiu à pré-estreia do programa de Dilma na noite de segunda-feira, um dia antes do início do horário eleitoral gratuito. Foi uma sessão reservada, no Palácio da Alvorada, com a participação da candidata e de coordenadores da campanha. Em uma das propagandas, Dilma fala do seu passado como mulher que combateu a ditadura. De ex-guerrilheira.

Em conversas reservadas, no entanto, Lula disse não acreditar que Serra recorra a esse tipo de expediente. No diagnóstico do Planalto e do comitê petista, trata-se de um "jogo de extremo risco" e o tucano teria mais a perder do que a ganhar. Em primeiro lugar, porque companheiros seus também participaram de organizações que defendiam a luta armada. Sem contar que ele próprio foi obrigado a viver clandestinamente no exílio.”

FONTE: publicado no blog “Os amigos do Presidente Lula” com informações do jornal O Estado de São Paulo (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/08/um-tucano-de-codinomes-beto-e-mateus.html) [imagem e adendo entre colchetes colocados por este blog].

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