sábado, 16 de julho de 2011

EUA UTILIZAM NAVIOS DE GUERRA COMO PRISÕES CLANDESTINAS


“O governo estadunidense utiliza navios de guerra como prisões clandestinas, de acordo com uma denúncia publicada nesta quinta-feira pelo site AOL Notícias, que citou o caso de um somali, detido de forma secreta durante dois meses a bordo de um barco do Pentágono.

O serviço de notícias da AOL afirma que Ahmed Abdulkadir Warsame, de 25 anos, foi preso em 19 de abril e desde então foi confinado em um navio da Marinha dos Estados Unidos, onde os serviços de inteligência o interrogaram.

"As sessões de interrogatório ocorreram com o barco no oceano, sem advogados, juízes ou garantias constitucionais que prevenissem excessos e abusos", assinala a reportagem no site americano.

Quando o atual presidente Barack Obama era candidato prometeu que fecharia o centro de detenção situado na base ilegal de Guantânamo, "em seu primeiro ano na presidência", recorda o texto.

Obama também assegurou que sua administração "não aceitaria o uso da tortura nem a existência de prisões secretas", mas Obama chegou à Casa Branca há quase três anos e a prisão ilegal em Guantânamo segue funcionando.

A AOL destaca também que o governo democrata aceitou o uso dos chamados "métodos extraordinários" –eufemismo para tortura– para interrogar certos prisioneiros, cometidos pela Agência Central de Inteligência (CIA).

Isto não é o que "Obama prometeu à nação quando era candidato e demandava uma mudança substancial nas inaceitáveis políticas de George W. Bush e Donald Rumsfeld", indica o comentário.

A Casa Branca defendeu na quarta-feira (13) a prisão polêmica de Warsame, acusado de terrorismo em Nova York.

Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, afirmou que "o senhor Warsame foi detido de modo legal, segundo as leis da guerra".

No entanto, um grupo de 23 senadores criticou a postura do gabinete, pelo que chamaram "políticas inconsistentes ante suspeitos de terrorismo".

Os legisladores enviaram uma carta ao secretário de Defesa, Leon Panetta, e alertaram sobre o caso de Warsame.

O somali foi acusado de ter proporcionado, entre 2007 e 2011, material, dinheiro e treinamento a supostos integrantes dos grupos Al-Shabaab e a AQPA, considerados facções dentro da rede Al-Qaida na península arábica.”

FONTE: publicado no portal “Vermelho” com informações da “Prensa Latina”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=158824&id_secao=9) [imagem do Google adicionada por este blog].

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