Por Brizola Neto
“O Brasil fechou o semestre com salto recorde no consumo –e na importação– de fertilizantes agrícolas.
Os dados aí acima, da ‘Associação Nacional para Difusão de Adubos’, mostram que vamos estourar a previsão de consumo de fertilizantes, estimada em 29 milhões de toneladas.
Das quais 70% –20 milhões de toneladas– serão importadas.
Porque os números do segundo semestre, pelo tipo de culturas dominantes no Brasil são significativamente maiores que os dos primeiros seis meses do ano. E este ano, o preço dos produtos agrícolas e a ampliação dos financiamentos ao setor estão impulsionando um plantio mais extenso e intenso, aumentando as necessidades de adubo.
Embora o produto final possa ser feito em pequenas e médias plantas industriais, as misturadoras, os insumos essenciais dependem de mineração complexa –e insuficiente no Brasil– de potássio e fósforo e de processos industriais complexos, sobretudo na produção de uréia, veículo do nitrogênio que compõe os fertilizantes em geral.
Há poucos dias tratamos aqui do que parece ser a preparação da ‘Vale’ para uma ação mais intensa no setor. E da necessidade de a Petrobras investir mais pesadamente nessa área, que foi desmontada, praticamente, quando a Petrofértil e a Petromisa, seu braço minerador, foram extintas nos anos neoliberais [FHC/PSDB/DEM/PPS].
O resultado está aí. A maior potência agrícola do planeta reduzida à dependência caríssima da disponibilidade de fertilizantes importados.”
FONTE: escrito por Brizola Neto e publicado em seu blog ”Tijolaço” (http://www.tijolaco.com/potencia-agricola-dependencia-em-adubo/)[siglas entre colchetes adicionadas por este blog].
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