quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

“FOLHA” ENALTECE AÇÃO DOS GOVERNOS LULA E DILMA CONTRA A CORRUPÇÃO (sem querer)


[OBS deste blog ‘democracia&política’:

Todos sabemos que, no governo demotucano de FHC, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União, a Receita Federal praticamente não atuavam no combate à corrupção. Ninguém da “elite” era por isso investigado, preso. A grande mídia nada cobrava, pois era aliada ou pautadora do governo federal, de direita, antinacional, “neoliberal”, tudo como ela queria. Em geral, os casos de roubo de dinheiro público eram escondidos, abafados, engavetados, esquecidos. A corrupção ocorria em escala gigantesca, de dezenas de bilhões de dólares, especialmente por conta do doloso e danoso processo de privatização de quase todo o patrimônio público brasileiro.

Alguma coisa sobre aquela era, de criminosa livre bonança para alguns, começa a aparecer. O livro recém-lançado “A Privataria Tucana” aponta (e prova com documentos oficiais) como o dinheiro público era desviado. Inclusive, mostra como contas ardilosamente abertas em paraísos fiscais, especialmente no Caribe, serviam para lavar o dinheiro roubado e retorná-lo ao Brasil para os bolsos dos corruptos novos bilionários.

O jornal tucano-serrista “Folha de São Paulo”, ao esta semana mostrar os resultados cada vez mais significativos resultantes do intenso combate à corrupção em curso desde 2003, pensa que está denegrindo os governos Lula e Dilma, associando a corrupção somente a esses governos e, assim, contribuindo para a volta daquela direita corrupta ao poder. Porém, indiretamente, está enaltecendo a ação promovida pelo governo federal. O conceito principal o povo percebe: a Polícia Federal foi preparada, fortalecida e colocada pelo governo federal (Lula e Dilma) nessa luta contra a corrupção e mostra resultados cada vez melhores.

Vejamos a reportagem da “Folha” de segunda-feira (2)]:

PF FLAGRA DESVIO RECORDE DE RECURSOS PÚBLICOS EM 2011

Valor de R$ 3,2 bilhões é o dobro do apurado em 2010 e 15 vezes o de 2009


Operações da Polícia Federal sustentam que dinheiro foi usado, por exemplo, para subornar servidores e políticos

Por Fernando Mello, da ‘Folha’

“Operações da Polícia Federal flagraram desvio de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos em 2011, dinheiro que teria alimentado, por exemplo, o pagamento de propina a funcionários públicos, empresários e políticos.

O valor é mais do que o dobro do apurado pela polícia em 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 15 vezes o apontado em 2009 (R$ 219 milhões). A título de comparação, representa quase metade do dinheiro previsto para as obras de transposição do rio São Francisco.

O total de servidores públicos presos também aumentou: de 124, em 2010, para 225, no ano passado.

Os números, a que a ‘Folha’ teve acesso, estão em um relatório produzido a partir apenas das operações [da Polícia]. Segundo a PF, trata-se do valor provado nas investigações, que são repassadas para o Ministério Público tentar reaver o dinheiro.

Apesar de coincidir com o ano em que houve a chamada "faxina" no ministério de Dilma Rousseff, com a queda de seis ministros sob suspeitas de irregularidades, não há relação causal -as grandes operações decorrem de investigações mais antigas [desde 2003].

Para delegados de Polícia Fazendária, área que investiga os desvios de verbas, o aumento da comprovação do rombo deve-se à formação de equipes especializadas.

É o caso de Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Nas próximas semanas, será criada unidade específica, em Brasília, de “Repressão a Desvios de Verbas Públicas”.

Também em 2011, a PF produziu seu primeiro manual de investigação de desvios de recursos, distribuído para as sedes estaduais.

"As técnicas de investigação têm sido aprimoradas. Afinal, crimes envolvendo verbas públicas ocorrem em áreas sensíveis para a sociedade", diz o delegado Rodrigo Bastos, da “Coordenação-Geral de Polícia Fazendária”.

A PF realizou, em 2011, a maior apreensão de dinheiro da história das investigações no Brasil: o equivalente a R$ 13,7 milhões foi encontrado nas casas de auditores da Receita Federal em Osasco (SP).

Foi durante a “Operação Paraíso Fiscal”. O dinheiro estava em caixas de leite, fundos falsos de armário e em forros.

Em quatro meses, a PF flagrou um dos acusados comprando três carros de luxo à vista e em dinheiro vivo.

A partir da operação, o Ministério Público Federal denunciou oito auditores, acusados de selecionar empresas para fiscalização e exigir delas propina para engavetar ou relaxar a cobrança de débitos tributários. Eles negam.

Em outra operação, a “Casa 101”, a PF descobriu que, na região de Recife, quase todos os contratos entre DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e construtoras eram fiscalizados por apenas um servidor.

Pagamentos eram liberados mesmo com fortes indícios de superfaturamento.

Resultado: em um contrato, a PF calculou prejuízo de R$ 67 milhões. Segundo a investigação, o servidor do DNIT recebeu um pedaço do butim.

Na “Operação Saúde”, do Rio Grande do Sul, 34 funcionários públicos municipais foram presos, acusados de desviar verbas federais destinadas à compra de medicamentos. Em um ano, o grupo teria movimentado um total de R$ 70 milhões.”

FONTE: imagem e parte inicial, entre colchetes, inserida por este blog ‘democracia&política’. A segunda parte, intitulada “PF FLAGRA DESVIO RECORDE DE RECURSOS PÚBLICOS EM 2011”, foi publicada no jornal da direita tucano-serrista “Folha de São Paulo"  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/17911-pf-flagra-desvio-recorde-de-recursos-publicos-em-2011.shtml). [imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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