sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

MOVIMENTO CONTRA A TORTURA DOS EUA EM GUANTÂNAMO



Créditos da foto: Witness Against Torture 

No 13º aniversário de Guantânamo, manifestantes interrompem senado e demandam fim de esquema americano de tortura

'O racismo e a islamofobia, assim como a tortura nas prisões e em Guantânamo, são faces de um mesmo sistema de supremacia branca e violência militarizada.'

Por Sarah Lazare, no "Common Dreams"

"Mais de uma dúzia de manifestantes interromperam o Senado na tarde de segunda-feira entoando demandas pelo fim da tortura cometida pelos americanos.

A desobediência civil, organizada pelo grupo "Testemunha Contra a Tortura", foi ponto alto dramático de uma semana de ação em Washington para pressionar o fechamento da prisão militar em alto mar na Baía de Guantánamo (Ilha de Cuba), que entra em seu 14º ano.

"Tortura é Oficial, Processe Agora!" gritaram os manifestantes em uníssono, em referência ao resumo do relatório executivo recentemente divulgado pelo Senado sobre a tortura da CIA.




Um vídeo da "Roll Call" mostra manifestantes sentando no chão da galeria e suspendendo os procedimentos do senado por ao menos um minuto e meio antes de 11 pessoas serem presas.

Enquanto isso, mais manifestantes encheram o Centro de visitas do Capitólio, onde cantaram e hastearam banners que diziam: "Ajuste de contas para os assassinatos policiais, acerto de contas para a tortura" e "De Ferguson à Guantánamo, Silêncio Branco = Violência de estado" antes de mais pessoas serem presas, totalizando 21 detidos nas duas ações, de acordo com a "Roll Call".

Somente horas depois, membros do "Testemunha Contra a Tortura" bloquearam a entrada da sede da polícia da capital por 28 minutos "em reconhecimento de que uma pessoa negra é morta por um policial ou vigilantes a cada 28 horas nos Estados Unidos," de acordo com uma declaração da organização. A "Coalizão Mãos para Cima" ficou próxima cantando e entoando apoio à ação direta.

As ações seguiram uma manifestação que ocorreu mais cedo pelo fim à impunidade para a polícia que mata pessoas negras e para detenções indefinidas sem julgamento na Baía de Guantánamo.

Uruj Sheikh, da cidade de Nova Iorque, declarou em uma afirmação da "Testemunha Contra a Tortura" que os manifestantes "buscavam comunicar com uma nova voz que o racismo e a islamofobia, que as táticas de tortura nas prisões americanas - como tempo estendido na solitária - e a tortura em Guantánamo são duas partes de um mesmo sistema de supremacia branca e violência militarizada."


FONTE: escrito por Sarah Lazare, no "Common Dreams". Publicado no portal "Carta Maior" com tradução de Isabela Palhares   (http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/No-13%BA-aniversario-de-Guantanamo-manifestantes-interrompem-senado-e-demandam-fim-de-esquema-americano-de-tortura%0a/5/32626).

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