Em 2009, o então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), assumiu secretamente, com representante norte-americano, a promessa de que o modelo de partilha do pré-sal seria retirado caso ele vencesse, de modo a obrigar à Petrobras a ceder a exploração às petrolíferas estrangeiras, no caso à norte-americana Chevron.
É isso que mostrou sigiloso telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, descoberto e revelado ao mundo pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch).
O assunto chegou a ser publicado (até mesmo!) no jornal tucano "Folha de São Paulo".
Transcrevo reportagem de 13/12/2010 da "Folha":
FONTE: reportagem de JULIANA ROCHA, DE BRASÍLIA, CATIA SEABRA, DE SÃO PAULO [para a "Folha"] (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201002.htm):
"WIKILEAKS, OS PAPÉIS BRASILEIROS
Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal
Segundo telegrama do WikiLeaks, Serra prometeu alterar regras caso vencesse
Assessor do tucano na campanha confirma que candidato era contrário à mudança do marco regulatório do petróleo
Por JULIANA ROCHA, DE BRASÍLIA, CATIA SEABRA, DE SÃO PAULO [para a "Folha"]
As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.
É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.
"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto, confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.
"O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobras", disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa. "Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada."
Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. "Mas é possível que ele tenha participado de outras reuniões com o setor", disse.
SENSO DE URGÊNCIA
O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.
O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem "senso de urgência". Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: "Vocês vão e voltam".
A executiva da Chevron relatou a conversa ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.
A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.
Desde 1997, quando acabou o monopólio da Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um "modelo de concessão".
Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado - pagando royalties ao governo por isso.
Com a descoberta dos campos gigantes na camada do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de partilha.
Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.
A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.
Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como "operadora-chefe" também é relatado com preocupação.
O consulado [dos EUA] também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam "turbinar" a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
O consulado cita que o Brasil [se não acabar logo com o modelo de partilha] se tornará um "player" importante no mercado de energia internacional.
Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque "o PMDB precisa de uma companhia".
Um texto [do consulado dos EUA] de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira."
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Essa promessa do PSDB (teria sido gratuita, apenas para ser generoso com os norte-americanos?) deve estar sendo cobrada hoje mais intensamente pelos EUA, e vimos nos últimos dias diversos políticos da oposição, jornalistas, personalidades e "analistas brasileiros"(?) propugnando com maior insistência a retirada da Petrobras do pré-sal, com a extinção do modelo atual de partilha e o fim da exigência de conteúdo nacional, para assim permitir maiores ganhos e empregos nos EUA e em seus aliados. As explicações e justificativas, cínicas, hipócritas ("salvar a Petrobras", "combater a corrupção"), são risíveis.
Não é de estranhar. A nossa mídia e a "elite"(!?!) de direita, como sempre antinacionais, há muitas décadas defendem e pautam a luta pelo alcance dos objetivos do grande capital estrangeiro, especialmente o norte-americano e europeu, em detrimento dos interesses brasileiros.
O dono do WikiLeaks, por suas indiscretas revelações, há muitos anos tem sido caçado pelos EUA e seus aliados, e somente tem conseguido sobreviver porque o Equador lhe concedeu asilo em sua embaixada em Londres.
Na última sexta-feira (6), a "Folha" conseguiu entrevistá-lo, via internet (obviamente, a tucana "Folha" não tocou no assunto dos compromissos do PSDB/Serra com os EUA).
Transcrevo a reportagem da "Folha" esta semana:
[ENTREVISTA COM O AUSTRALIANO DA WIKILEAKS, O MESMO QUE HÁ 5 ANOS REVELOU AO MUNDO QUE O PSDB/SERRA COMPROMETEU-SE A ENTREGAR O PRÉ-SAL À CHEVRON (EUA)]
Essa promessa do PSDB (teria sido gratuita, apenas para ser generoso com os norte-americanos?) deve estar sendo cobrada hoje mais intensamente pelos EUA, e vimos nos últimos dias diversos políticos da oposição, jornalistas, personalidades e "analistas brasileiros"(?) propugnando com maior insistência a retirada da Petrobras do pré-sal, com a extinção do modelo atual de partilha e o fim da exigência de conteúdo nacional, para assim permitir maiores ganhos e empregos nos EUA e em seus aliados. As explicações e justificativas, cínicas, hipócritas ("salvar a Petrobras", "combater a corrupção"), são risíveis.
Não é de estranhar. A nossa mídia e a "elite"(!?!) de direita, como sempre antinacionais, há muitas décadas defendem e pautam a luta pelo alcance dos objetivos do grande capital estrangeiro, especialmente o norte-americano e europeu, em detrimento dos interesses brasileiros.
O dono do WikiLeaks, por suas indiscretas revelações, há muitos anos tem sido caçado pelos EUA e seus aliados, e somente tem conseguido sobreviver porque o Equador lhe concedeu asilo em sua embaixada em Londres.
Na última sexta-feira (6), a "Folha" conseguiu entrevistá-lo, via internet (obviamente, a tucana "Folha" não tocou no assunto dos compromissos do PSDB/Serra com os EUA).
Transcrevo a reportagem da "Folha" esta semana:
[ENTREVISTA COM O AUSTRALIANO DA WIKILEAKS, O MESMO QUE HÁ 5 ANOS REVELOU AO MUNDO QUE O PSDB/SERRA COMPROMETEU-SE A ENTREGAR O PRÉ-SAL À CHEVRON (EUA)]
'Ainda levará tempo para se ter privacidade na internet', diz Assange
Por Leandro Colon - De Londres, para a "Folha de São Paulo"
Asilado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, o fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, 43, afirma que é "impossível" ter privacidade na internet. "Isso ainda vai levar muito tempo", disse, em entrevista à Folha, na sexta-feira (6).
Assange recebeu a reportagem para falar sobre seu novo livro, "Quando o Google encontrou o WikiLeaks" (Editora Boitempo), que chega ao Brasil na próxima semana. O livro aborda um encontro dele com executivos do Google em 2011.
A empresa, para Assange, tornou-se a vilã do controle de dados pessoais e aliada do governo dos EUA, com quem o fundador do WikiLeaks trava batalha jurídica em razão da revelação de documentos sigilosos, muitos deles segredos militares e diplomáticos.
Assange pediu asilo ao Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde vivia e é acusado de crimes sexuais em 2010.
Ele se diz inocente e teme ser enviado aos EUA para ser julgado devido ao WikiLeaks.
Por questões de segurança, Assange pediu que não fosse feita imagem do local da entrevista. Do lado de fora da embaixada, um policial britânico fazia a vigilância.
Folha- Por quanto tempo o senhor conseguirá viver na embaixada?
Julian Assange - O presidente Correa (Rafael Correa, presidente do Equador) fala em 200 anos, mas espero que não seja por muito tempo. Há uma questão interessante, alguns benefícios, por questões de segurança nacional. Não há polícia britânica dentro da embaixada, não há intimações, tribunais. É como uma terra de ninguém. Não há lei formal, há apenas relação entre seres humanos.
Há uma certa curiosidade sobre sua rotina.
Brinco com minha equipe quando me perguntam isso e digo: vamos mostrar meu lado humano. Eles brincam: estamos procurando isso nos últimos quatro anos. Mas não tenho que falar disso. Estou comprometido com o que estou fazendo, tenho família, me preocupo com ela.
O Sr. tem visto seus parentes?
Não posso falar por questões de segurança.
O Sr. não pode sair daqui. Não se parece com uma prisão?
Em alguns momentos, sim, porque recebo visita, há um aparato policial lá fora vigiando 24 horas por dia. Não é um ambiente saudável. É uma situação difícil, mas outras pessoas também estão em situações difíceis e estou confiante que vou sobreviver.
É viável uma solução no curto prazo, como uma negociação com as autoridades?
Os países envolvidos, como Reino Unido e Suécia, querem mostrar firmeza. Já as autoridades dos EUA se recusam a conversar. É importante destacar que organizações de direitos humanos revelaram à ONU preocupação com minha situação.
O que tem feito o WikiLeaks?
Três coisas: uma é desenvolver recursos mais sofisticados de sistemas de pesquisa para nosso material, por um assunto ou uma palavra. Temos 3,1 milhões de documentos publicados, e desenvolver isso é importante para o jornalismo e pesquisas acadêmicas. A outra é trabalhar em cima de novas publicações, relacionadas a setores de inteligência. Em terceiro, estamos nos defendendo na Justiça pelo mundo.
E como estão os processos?
São vários, espalhados, mas sobretudo nos EUA, onde há uma acusação interessante de "conspiração" e que poderia ser aplicada a qualquer empresa de mídia: um jornalista que trabalha para um veículo obtém uma informação de uma fonte e dizem que a fonte conspirou com o jornalista. Não. O jornalista discutiu com seu editor, que trabalhou nesse material para publicar. Essa chamada conspiração é parte normal do processo. Se os americanos forem bem-sucedidos nessa teoria, qualquer mídia poderá sofrer essa acusação.
Quantas pessoas trabalham hoje para o WikiLeaks?
Tenho orgulho disso. Apesar de tudo, de bloqueio bancário, eu aqui na embaixada, esse apoio tem crescido. Não é um número alto, mas é significante. Só não posso falar.
Durante esse tempo asilado, o Sr. se arrependeu de algo em relação ao WikiLeaks?
Não tenho arrependimentos, tenho muito orgulho do que fiz. E sobrevivi a isso. Mas tiro lições das estratégias do passado. Às vezes, você tenta voltar no tempo e percebe que, em situações específicas, foi forçado pelas circunstâncias.
Poderia dar exemplos?
Eu subestimei o quanto a Suécia tinha mudado nos últimos 30 anos. A Suécia ficou famosa nos anos 70, quando o premiê Olof Palme aceitou refugiados do Vietnã e o país promoveu sua reputação. Mas, desde seu assassinato, em 1986, a Suécia se transformou no país mais próximo dos EUA na Europa, com exceção do Reino Unido. Foi um equívoco de minha parte. Eu também não entendi direito a natureza do "The Guardian" (jornal que rompeu parceria com Wikileaks). Sou australiano e o via como um jornal "antiestablishment", mas isso não era verdade. É um jornal que representa parte do establishment britânico. Quando você é estrangeiro, leva tempo para entender noções de poder do país.
O seu novo livro aborda a possível "morte" da privacidade na internet. Como as pessoas podem protegê-la?
Isso é impossível para a maioria das pessoas e ainda vai levar muito tempo. Por outro lado, as pessoas estão acordando para o que está acontecendo com o Google e criando demandas para algo que preserve a privacidade e reprima o apetite do Google, cujo negócio é coletar informação privada. Pelo menos 80% dos smartphones são controlados pelo Google, que grava as localidades, contatos, e-mails, o que pesquisaram.
Essas informações são integradas com outras coletadas no Gmail e no Youtube para construir um perfil sobre você. Não é só uma empresa de tecnologia. É a segunda maior companhia dos Estados Unidos, com conexões com o Departamento de Estado, trabalhando com projetos de inteligência nos últimos 12 anos.
Por isso afirma no livro que o Google não é o futuro da internet?
Seu modelo é uma armadilha do serviço gratuito, oferecendo maneiras de pesquisa que parecem ser de graça, mas não são. É um anzol, e você é o peixe que morde a isca com informação pessoal.
No começo, parecia que o Google não atuava como organização lucrativa, porque oferecia serviços gratuito com simples técnicas de pesquisas, um logo colorido. Mas o fato é que essa organização está levando a política externa americana para outros países.
Como vê a repercussão do caso de espionagem dos EUA no Brasil?
Ou o Brasil define suas instituições e tem o seu governo, ou os EUA vão sempre encontrar uma maneira de meter os dedos no governo brasileiro.
O governo de Dilma Rousseff deve proteger a sociedade brasileira da ambição de outros Estados e das empresas conectadas com esses Estados.
O país tem de buscar passos para ser independente. Infelizmente, o governo dos Estados Unidos e as suas instituições privadas têm sido bem-sucedidos em corromper funcionários e empresas dos governos, incluindo no Brasil.
Essas pessoas pensam que a independência do Estado brasileiro é acoplada a suas ambições e estão dispostas a vender e trocar equipamentos militares para as missões de treinamento e de alta tecnologia com agências americanas.
Qual sua opinião sobre o debate do "direito de ser esquecido" envolvendo o Google na Europa, em que as pessoas podem requerer a retirada de links que citam seus nomes das pesquisas do site?
O que me parece é que a Europa está decidindo formalmente testar o quanto eles podem empurrar para fora a dominação americana. É uma experiência sobre quão independente é o ocidente europeu. O Google tem economicamente o tamanho de algumas nações, como Nova Zelândia e Portugal. Na verdade, podemos dizer que o Google é como um Estado, e Estados têm obrigações. Quando seu poder aumenta, a responsabilidade também. O Google tem serviços como efeitos civis em bilhões de pessoas. Ou seja, no caso dele, não é publicar ou não publicar alguma coisa.
Por que o Sr. acha que o Google realmente tem uma relação política próxima do governo americano?
Sim, tem. Como mostro no livro, há conexões pessoais entre executivos da empresa e o estafe da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata a Presidência em 2016.
O Sr. chamaria o Google de uma empresa de mídia?
Eu chamaria de empresa de distribuição de informação.
Não dá para comparar o Google com alguma outra empresa, como o Facebook, por exemplo?
Em termos de relações com agências de inteligência americana, o Google é único.
O país tem de buscar passos para ser independente. Infelizmente, o governo dos Estados Unidos e as suas instituições privadas têm sido bem-sucedidos em corromper funcionários e empresas dos governos, incluindo no Brasil.
Essas pessoas pensam que a independência do Estado brasileiro é acoplada a suas ambições e estão dispostas a vender e trocar equipamentos militares para as missões de treinamento e de alta tecnologia com agências americanas.
Qual sua opinião sobre o debate do "direito de ser esquecido" envolvendo o Google na Europa, em que as pessoas podem requerer a retirada de links que citam seus nomes das pesquisas do site?
O que me parece é que a Europa está decidindo formalmente testar o quanto eles podem empurrar para fora a dominação americana. É uma experiência sobre quão independente é o ocidente europeu. O Google tem economicamente o tamanho de algumas nações, como Nova Zelândia e Portugal. Na verdade, podemos dizer que o Google é como um Estado, e Estados têm obrigações. Quando seu poder aumenta, a responsabilidade também. O Google tem serviços como efeitos civis em bilhões de pessoas. Ou seja, no caso dele, não é publicar ou não publicar alguma coisa.
Por que o Sr. acha que o Google realmente tem uma relação política próxima do governo americano?
Sim, tem. Como mostro no livro, há conexões pessoais entre executivos da empresa e o estafe da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata a Presidência em 2016.
O Sr. chamaria o Google de uma empresa de mídia?
Eu chamaria de empresa de distribuição de informação.
Não dá para comparar o Google com alguma outra empresa, como o Facebook, por exemplo?
Em termos de relações com agências de inteligência americana, o Google é único.
O Facebook é parecido, mas a ambição do Google é maior, é uma integração de informação coletada das pessoas, e comprou muitas empresas nos últimos anos.
As pessoas dizem que Google é inovador. O Android não foi criado pelo Google, o Youtube também não. O Google tem sido bem-sucedido em comprar empresas que colectam informações. O Facebook tem se concentrado nele mesmo, criando ferramentas essencialmente para as pessoas obterem informações de seus amigos, suas atividades. Mas, como o governo americano não regula o monopólio dessas empresas, fica difícil competir, e elas acabam se tornando boas amigas do governo."
FONTE: reportagem de Leandro Colon, de Londres, para a "Folha de São Paulo". Transcrita no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/notimp#n86025). [Título, observação inicial e demais trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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