sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

BOLSA FAMÍLIA FAZ SUCESSO NO MUNDO

Transcrevo o que hoje li no portal UOL Notícias. Trata de elogios da renomada publicação inglesa "The Economist" ao programa brasileiro Bolsa Família. Certamente, essa notícia não agradará muitos leitores da Folha, do Estadão, da Veja e outros (grifos meus).

"Bolsa Família ganha adeptos no mundo inteiro, diz revista 'Economist'

UOL NOTÍCIAS 08/02/2008

A edição desta semana da revista britânica "The Economist" publica uma reportagem sobre o Bolsa Família e afirma que o programa social do governo brasileiro "está ganhando adeptos em todo o mundo"."Os governos do mundo inteiro estão olhando para este programa", diz Kathy Lindert, do escritório do Banco Mundial em Brasília, à revista.
A "Economist" afirma que iniciativas semelhantes estão sendo testadas em larga escala em outros países da América Latina e cita uma versão mais refinada do Bolsa Família adotada em Nova York.
De acordo com a reportagem, o Bolsa Família "contribuiu para o aumento na taxa de crescimento econômico do Nordeste acima da média nacional" e ajudou a "reduzir a desigualdade de renda no Brasil". A "Economist" destaca o aumento da presença escolar em Alagoas, onde metade das famílias recebe o Bolsa Família, e afirma que essa melhoria pode "ajudar o programa a atingir o objetivo de romper com a cultura de dependência ao garantir uma educação melhor para as crianças".
Além da educação, a revista sugere que o programa do governo brasileiro também aumentou o poder de compra entre os mais pobres.
Microcrédito. A revista cita ainda outra melhoria na situação econômica dos menos favorecidos no Brasil, provocada pela oferta de microcrédito. A reportagem conta a história de duas famílias alagoanas que se beneficiaram do programa de financiamento e conseguiram abrir um negócio próprio e aumentar a produção de suas microempresas.
A "Economist" diz ainda que, apesar do sucesso inicial do Bolsa Família, o programa enfrenta alguns problemas. O primeiro deles, afirma a revista, está relacionado ao temor de fraudes nas informações recolhidas por governos locais para determinar as famílias que têm o direito de receber o benefício. Segundo a reportagem, "15% dos governos municipais defendem a afirmação improvável de que 100% dos alunos estão freqüentando a escola 100% do tempo".
Outro problema levantado pela revista é a preocupação de que o Bolsa Família se torne um programa permanente no governo brasileiro, e não apenas "um impulso temporário de oportunidades para os mais pobres".
De acordo com a "Economist", ainda é muito cedo para identificar essa tendência, que dependerá da capacidade de melhoria das escolas públicas do país.
Por último, a reportagem afirma que críticos acusam o programa de ser apenas um esquema para garantir votos nas eleições. Mas, segundo a revista, essa acusação é "injusta".
Apesar dos problemas, a Economist conclui com um balanço positivo ao afirmar que o gasto "modesto" do governo brasileiro, que investe 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) no programa, está garantindo bons resultados para o país."

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