O jornal Valor Econômico de hoje publicou:
“PREÇOS DE BENS EXPORTADOS BATEM RECORDE DE 30 ANOS
A alta das commodities no mercado mundial contribuiu para que os preços de exportação dos produtos brasileiros atingissem o maior nível desde janeiro de 1978, quando esse indicador começou a ser calculado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). No mês passado, os preços desses produtos estavam, em média, 34,8% acima do verificado em junho de 2007.
Enquanto as cotações disparavam, o volume exportado estagnou. Em 12 meses até junho, a quantidade embarcada subiu apenas 0,3%. Por conta da greve dos fiscais da Receita Federal, do atraso no embarque da safra agrícola e de problemas com a exportação de petróleo, o volume chegou a cair 1,6% no primeiro semestre. Em junho, a situação se normalizou e houve uma recuperação, com alta de 5,2% nos embarques físicos em relação a junho de 2007.
A economista Fernanda Feil, da Rosemberg & Associados, calcula que os produtos básicos afetam o desempenho de 65% das exportações brasileiraa. Ela lembra que houve um reajuste de 70% para o minério de ferro, obtido pela Vale na negociação com as siderúrgicas. O impacto desse reajuste só apareceu na balança em junho, por conta do embarque de contratos antigos. Os produtos básicos lideram a alta de preços das exportações brasileiras. Em junho, haviam subido 58% em relação a junho de 2007. No primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, a alta chegou a 40% em média. No mês passado, o preço da soja exportada pelo país quase 60% o da carne bovina, 57% o do minério de ferro 63%.
Mesmo nos produtos industrializados, cujo mercado é menos instável, as empresas brasileiras obtiveram excelentes reajustes de preços, de 20,4% em junho na comparação com igual mês do ano anterior.
Em compensação, o volume de exportação de manufaturados está bastante prejudicado. Esse indicador recuou 1,7% no período de um ano. Para os economistas do Bradesco a queda na quantidade exportada de manufaturados é resultado não apenas da desvalorização cambial, mas também do desvio de produtos para atender a robusta demanda interna. Espera-se um ritmo um pouco mais fraco de reajustes de preços de exportação no segundo semestre.”
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