O jornal o Estado de São Paulo publicou essa notícia de Jamil Chade
hoje, e o Blog do Noblat a reproduziu, onde a li.
AMORIM CITA NAZISTA EM DOHA E IRRITA EUA
“Chanceler assusta negociadores quando, ao negar que países emergentes travam Doha, cita ministro nazista
O chanceler Celso Amorim acusa os países ricos de estarem usando técnicas de desinformação dos nazistas nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). O objetivo seria o de tentar jogar a culpa do impasse na Rodada Doha sobre os países emergentes no processo que entra em sua fase final. O ministro ainda alertou: o preço que o Brasil está disposto a pagar pela Rodada já não é o mesmo diante da alta dos preços das commodities. "Não vou comprar um carro velho pelo preço de um novo", disse Amorim. "Estou disposto a comprar o velho, mas pelo preço de um carro velho. Não quero justiça absoluta. Isso não é teologia. Mas queremos benefícios para os emergentes também."
Estudos mostram que hoje, na prática, um eventual acordo não teria impacto no volume de subsídios distribuídos
A alta nos preços de commodities estremece a Rodada Doha e faz os países, incluindo o Brasil, repensarem o que estão dispostos a pagar por um tratado internacional de comércio. Entidades internacionais e representantes do setor privado alertaram ontem, em Genebra, que o Brasil teria ganhos mínimos e, em alguns setores, até prejuízo com a Rodada. Os custos apontam que não valeria a pena sequer tentar fechar um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Estudo do Banco Mundial mostra que a Rodada geraria ganho de US$ 96 bilhões por ano à economia mundial, menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta. Desse total, só US$ 16 bilhões iriam para os países emergentes, sendo US$ 1,4 bilhão para o Brasil. O setor industrial nacional ganharia US$ 300 milhões. Ainda assim, o setor privado brasileiro ficaria com quase um sexto dos ganhos de todos os emergentes. Só a Índia teria ganhos superiores.”
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