Esta noite, li no UOL Últimas Notícias texto de Vicente Gioielli que nos conta que o jovem preso por tentar roubar Gilmar Mendes em Fortaleza, apesar de ser réu primário e de ter residência fixa, não conseguiu liberdade provisória. A justiça brasileira tenta demonstrar ser muito inflexível contra criminosos (desde que não sejam banqueiros milionários).
Reproduzo o texto do UOL:
JOVEM QUE TENTOU ROUBAR GILMAR MENDES TEM PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA NEGADO
Com pedido de liberdade provisória negado ontem (16) pela Justiça, um rapaz que tentou roubar o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, completa hoje 18 dias preso na Casa de Custódia de Caucaia (região metropolitana de Fortaleza).
Apesar de ser réu primário e de ter residência fixa, Jéfferson Hermínio Moreira, 18 anos, está detido e sem previsão de sair da cadeia.
O rapaz, que segundo a defesa está no segundo ano do segundo grau e trabalhava como auxiliar em uma locadora de vídeos, foi pego em flagrante tentando roubar um cordão de ouro do pescoço do ministro do STF enquanto ele caminhava pela avenida Beira Mar, famoso cartão postal de Fortaleza.
Na ocasião, ele conseguiu arrancar o cordão do pescoço do ministro, mas logo foi detido por três seguranças que acompanhavam o magistrado em seu passeio. Segundo testemunhas, um outro homem que acompanhava a ação de Jéfferson conseguiu escapar.
Mesmo sem conseguir roubar o cordão, Jéfferson foi levado para o 2º Distrito Policial de Fortaleza e autuado no artigo 157, por roubo, que prevê pena de 4 a 10 anos de prisão. Em seu depoimento na delegacia, Gilmar Mendes contou que o jovem tentou "arrebatar" o cordão, mas ele "quebrou e caiu ao chão".
No dia seguinte ao ocorrido, a defesa contratada pela família de Jéfferson entrou com pedido de liberdade provisória por ele não ter antecedentes criminais e ter residência fixa. "Ele deveria ser autuado no máximo por pelo artigo 155 (tentativa de furto, com pena de 1 a 4 anos de detenção)", alega o advogado de defesa José Oliveira de Brito Filho.
O pedido de liberdade provisória, no entanto, foi rejeitado ontem (16) pelo Juiz Eduardo de Castro Neto, da 6ª Vara Criminal de Fortaleza - que responde atualmente também pela 11ª Vara, onde o caso está em andamento - alegando que a liberdade de Jéfferson poderia representar um risco para a sociedade."
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