O jornal “O Estado de São Paulo” ontem publicou a seguinte notícia produzida pela agência norte-americana REUTERS, em reportagem de Renato Andrade e edição de Alexandre Caverni:
“O agravamento da crise de crédito global em setembro não surtiu efeitos negativos sobre o mercado brasileiro no mês passado, período em que o saldo das operações de financiamento no país cresceu 3,5 por cento, mostraram dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira.
De acordo com o levantamento, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro nacional somaram 1,148 trilhão de reais no mês passado.
O saldo corresponde a 39,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em agosto, o saldo representava 37,9 por cento do PIB.
"A evolução das operações de crédito... seguiu a tendência de crescimento observada no mês anterior, evidenciando desempenhos favoráveis tanto das carteiras contratadas com recursos livres, influenciadas, principalmente, pelos efeitos da depreciação cambial nas modalidades referenciadas em moeda estrangeira, quanto dos financiamentos com recursos direcionados, que traduziram, sobretudo, a expansão das operações realizadas pelo BNDES", afirmou o BC em nota.
Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a taxa de crescimento das operações de crédito no país atingiu 34,0 por cento, um avanço em relação à taxa acumulada até agosto, de 31,8 por cento.
Os empréstimos efetuados com recursos livres, que respondem por 71,9 por cento do total do sistema financeiro, totalizaram 826 bilhões de reais em setembro.
Desde a metade de setembro, os mercados de crédito globais praticamente congelaram, o que forçou governos ao redor do mundo a adotar medidas excepcionais para injetar recursos e garantir o funcionamento das operações de crédito.
No Brasil, o governo adotou uma série de medidas, entre elas leilões de moeda estrangeira voltados especificamente para o financiamento de operações do comércio exterior.
O aumento do crédito em setembro foi acompanhado de uma elevação na taxa média de juro praticada pelas instituições no período.
De acordo com os dados apurados pelo BC, a taxa média de juro em setembro ficou em 40,4 por cento ao ano, ante 40,1 por cento em agosto.
Para as empresas, os bancos combraram, em média, um juro de 28,3 por cento, mesmo patamar de agosto. Para as pessoas físicas, a taxa em setembro ficou em 53,1 por cento, ante 52,1 por cento no mês anterior”.
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