NO BRASIL, CRIME ELEITORAL COMPENSA, ESPECIALMENTE OS COMETIDOS PELA DIREITA (PSDB/DEM/PPS e outros laranjas), QUE RECEBEM O APOIO DE TODA A 'GRANDE' MÍDIA (*)
NO MÍNIMO, A IMPRENSA PUBLICA, MAS SEM EXPLICITAR QUE OS CRIMINOSOS SÃO DE PARTIDOS DA OPOSIÇÃO. É O CASO DO ARTIGO ABAIXO, ONDE A 'FOLHA' MENCIONA SOMENTE COMO "13 VEREADORES PAULISTANOS"... (*)
"Lavanderia eleitoral
"SÃO PAULO - O mais provável é que o imbróglio em torno da cassação de 13 vereadores paulistanos tenha como desfecho a reversão da decisão inicial, reiterando a máxima de que, no Brasil, crime eleitoral sempre compensa (*). No final, o aspecto positivo do episódio talvez se resuma à exposição pedagógica da captura dos representantes públicos pelos interesses privados -e de como estes se valem de meios ilícitos para apagar suas pegadas.
Mas, além de nos fazer recordar que existem os vereadores, o caso traz à luz as debilidades da legislação eleitoral. Seria talvez mais próprio chamar de Justiça Pós-Eleitoral um sistema concebido para funcionar sempre depois da hora e que procura -em vão, na maioria das vezes- corrigir desvios que a própria lei torna possíveis ou estimula.
São dois, pelo menos, os ralos legais que dão vazão à maracutaia:
1. A lei desobriga os candidatos de identificar seus doadores durante a campanha, limitando-se a exigir que informem a quantia doada, o que é quase inócuo em termos de transparência.
2. A lei não obriga que o dinheiro doado aos partidos, e depois repassado aos candidatos, tenha sua origem identificada.
O repórter Rubens Valente já revelou que as empresas, valendo-se desse subterfúgio, doaram só em 2008 cerca de R$ 259 milhões aos partidos, valor repassado de forma "oculta" às campanhas. [a maior parte desse 'investimento' das empresas foi perdida, pois a oposição perdeu nas eleições] Ou seja, em vez de usar uma associação de fachada para aliciar sua futura bancada, como fez o setor imobiliário, empreiteiras e bancos usam as próprias legendas como lavanderia de suas doações. Depois dizem que no Brasil partido não serve para nada."
FONTE: artigo de Fernando de Barros e Silva publicado hoje na Folha de São Paulo [exceto o título, subtítulos e entre colchetes em itálico, acrescentados por este blog].
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário