"De olho no futuro
Lula, longe de fazer cara feia para a candidatura Ciro Gomes à presidência, que se opõe a seu projeto de uma disputa plebiscitária da sucessão presidencial, cobre de afagos o deputado cearense, em seu palanque. Com isto, a opinião nacional fica lembrada de que ele integra a base político-parlamentar do governo. E ele tem condições de renunciar à postulação, se verificar que não tem condições de concorrer, e encostar o ombro ao andor da candidata oficial, Dilma Rousseff.
Enquanto isto, fica bem clara a insegurança da oposição brasileira. Diante da acachapante popularidade de Lula, José Serra demonstra, claramente, o receio de mais uma derrota na disputa presidencial.
Outro receio
Desta vez, pior, se perder também o governo de São Paulo, uma boca nada desprezível para levantamento de recursos para financiamento das campanhas do PSDB.
Não é apenas o prestígio presidencial que apavora o governador de São Paulo.
É também seu estilo divisionista que pode, mais uma vez, dividir uma legenda que já enfrenta dificuldades, em todo o País, à exceção de S. Paulo (caso Ciro Gomes não dispute o governo estadual) e em Minas Gerais.
O que dizer?
O outro problema da oposição, de qualquer candidato da oposição, consiste em descobrir o que dizer, no palanque eleitoral, principalmente de um governo no auge de sua popularidade.
Popularidade que, seguramente, pode aumentar, ano que entra, caso haja mesmo recuperação da taxa de crescimento do País, evidência do acerto com que Lula soube comandar a resistência do País à crise, de que está saindo melhor do que entrou.
Nunca dantes
Acho engraçado colunistas amestrados dizerem e repetirem que nunca dantes na história do Brasil (tirante Itamar Franco, que a mídia detesta e não cita), um presidente da República elegeu o sucessor de sua preferência.
[Esquecem que] Jamais houve, antes, em nosso passado, um presidente da República, em que no oitavo ano do mandato, conseguisse 81% de popularidade.
Oposição vence?
Acho engraçado é que, apesar de a mídia estar firmemente atrelada aos interesses eleitorais da oposição, não cita [seus] candidatos aos governos estaduais e ao Senado que serão eleitos, que estão por ela considerados vitoriosos previamente para embair a opinião pública.
Só fala no José Serra.
Devia citar algum senador da oposição que, por sua guerra antiLula, estará disparado no Ibope [existe?]."
FONTE: escrito por Lustosa da Costa e publicado hoje (20/10) no Diário do Nordeste [exceto pequenos adendos entre colchetes e em itálico, adicionados por este blog].
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