"Em 31 de outubro, o jornal ['Folha"] deu acertadamente como manchete notícia sobre acordo [suspeito] a que haviam chegado, sob os auspícios dos Estados Unidos, os grupos [golpistas da direita] que disputam o poder em Honduras.
Textos de análise destacaram a ainda enorme influência americana sobre o hemisfério, como outros atores haviam sido incapazes de resolver o conflito etc.
O problema é que o acordo [que interessava aos EUA e aos golpistas] não foi cumprido e o leitor continuava, ao menos até ontem, à espera de algum tipo de explicação sobre por que as coisas se desdobraram assim e por que os EUA, fiadores do entendimento, não se mostram animados a forçar o seu cumprimento.
Para Washington, o acordo era para valer ou só uma forma de ganhar tempo e salvar aparências? Dissidências no Congresso americano se tornaram tão fortes que o governo teve de recuar? Algum fato novo ocorreu e fez com que a estratégia dos EUA fosse alterada? Micheletti levou Obama na conversa? Obama se encheu de Zelaya e resolveu deixá-lo no sereno? Honduras é tão desimportante que se esqueceram dela em Washington?"
FONTE: escrito por Carlos Eduardo Lins da Silva, Ombudsman da Folha de São Paulo. Publicado hoje (22/11) na 'Folha' [exceto os trechos entre colchetes, adicionados por este blog].
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