quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

COMO O "GLOBO" ANABOLIZA A "CRISE" DOS CAÇAS

Jobim [Serra/PSDB] conseguiu o que queria

A Página 4 do Globo de hoje [07/01] deveria ser uma tese de mestrado na Faculdade de Ciência (?) Política, num curso ministrado pelo Decio Magnolli.

No alto da página, há uma “reportagem” assinada por Leila Suwwan em que, sem citar uma ÚNICA fonte, assevera:

Aeronáutica se recusará a mexer em relatório que recomenda caças suecos.”

“FAB deve aceitar, porém (sic), decisão política do governo por aviões franceses…”

“O Ministro Nelson Jobim tenta (sic) negociar com a FAB um texto que não seja tão taxativo
.”

Ou seja, agora, os repórteres do PiG (*) dizem o que bem entendem.

E fica por isso mesmo.

Se for verdade o que diz a repórter sem uma ÚNICA fonte, o Brasil vive uma situação como a de Jacareacanga, quando um tresloucado brigadeiro Haroldo Veloso resolveu se insurgir contra o presidente Juscelino Kubistchek.

Como disse o jornalista malufista Alexandre Garcia, num “Bom (?) Dia” desses, nem na ditadura (e ele entende disso …) a FAB mandou tanto. (Só se esqueceu de dizer que a FAB manda tanto nas páginas da Eliane Catanhêde, que prefere os aviões suecos, e o PiG (*) E nas manchetes do enólogo Renato Machado.

Interessante que, ao lado da “reportagem” da Suwwan, o competente jornalista José Meirelles Passos se refere às fontes que consultou, ainda que anônimas – o que é sempre um perigo -, e desmonta item-por-item os argumentos da especialista Eliane Catanhêde, a que prefere os aviões suecos.

Diz o Meirelles:

"Os aviões da Catanhêde não existem: só existem no papel.

São mais baratos porque o preço não inclui o armamento e, como a própria Catânhede sabe, caça sem arma é igual a aviãzinho de aeromodelismo.

E, mais, lembra o competente José Meirelles Passos, os motores e o software do avião da Catanhêde são “made in USA” – ou seja, toda vez que o Brasil precisar mexer numa parafuseta tem que consultar o Pentágono."


Mais interessante ainda nessa tese de mestrado a ter o Magnolli como tutor é um editorialeco na mesma página 4.

O editorial do Globo – na verdade, os editoriais do Globo são uma espécie de biruta de aeroporto: mostram de onde vem o golpe fatal contra Lula – um editorialeco do Globo tem o titulo: “Cabe perguntar”: como defender a escolha do avião francês ?

Ora, meu caro Watson, leia o Meirelles …

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista."

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e postado hoje (07/01) em seu portal "Conversa Afiada" [entre colchetes colocados por este blog].

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