Paulo Henrique Amorim
"Uma vez, perguntei a um governador do PMDB: Serra seria candidato a Presidente com que bandeiras, se ele é um péssimo governador ?
Resposta: ele será candidato com a imprensa. Ou seja, com o PiG (*).
Zé Alagão faz saber que só no fim de março dirá se é candidato a Presidente.
Por que não diz antes ?
Primeiro, para não deixar clara a polarização FHC vs Lula.
Por que ele espera por março, os Idos de Março ?
Porque ele, aos 45’ do segundo tempo, vai fugir.
Ele vai esperar até o fim para ver se o PiG(*) descobre um pecado capital da Dilma.
Segundo, porque ele quer preservar os holofotes de um candidato a Presidente e se candidatar à reeleição a Governador.
Mas, e se o PSDB for à breca, se ele, em março, fugir ?
Que se lixe o PSDB.
Zé Alagão tem tanto apreço pelo PSDB quanto pelos moradores do Jardim Romano.
O único compromisso do Serra é consigo próprio.
Ou, como disse Ciro Gomes, numa sabatina na Folha (**), Serra passa com um trator por cima da mãe, se for preciso: ele não tem escrúpulos.
Para salvar a pele e se eleger governador do São Paulo, ele manda o PSDB nacional embarcar na barcaça de Caronte e vai morrer de rir.
O PSDB é um trampolim.
Como foi a AP, a UNE, o MDB …
O único projeto de Serra é ele mesmo.
Qual o papel da imprensa, do PiG (*), nessa estratégia suicida?
É preencher o espaço.
Como disse o grande presidente Itamar Franco, o PSDB corre o risco de perder por WO.
O papel dos colonistas (***) do PiG(*) é criar crises diárias, para preencher o espaço que a covardia política do Serra deixou vazia.
Tem a “crise” dos caças (“Jobim vazou a ‘crise’ para criá-la”).
E agora a “crise” do Programa dos Direitos Humanos, em que Jobim, Gilmar Dantas (****) e o PiG (*) seriam capazes de depor a favor de Hermann Goring, se isso ajudasse a derrubar o Presidente Lula.
O objetivo do PiG (*), nesse momento em que Serra põe o PSDB a arder em fogo lento, é criar “crises” que ajudem a derrubar o Lula e, mais do que isso, impliquem a Dilma.
A “crise” dos Direitos Humanos em sua terceira edição – as duas primeiras foram redigidas no Governo Fernando Henrique … – é uma forma de chamar a atenção para a luta armada como forma de combate ao regime militar – ou seja, prejudicar a Dilma.
Clique aqui para ler “O negócio de Jobim é prejudicar a Dilma”.
Ou não foi a Folha(**) que publicou a ficha falsa da Dilma ?
Lula acabou com a oposição.
Qual é a oposição ?
Tasso “tenho jatinho porque posso” Jereissati [ou "abasteço meu jatinho com dinheiro público porque posso"]?
Sergio Guerra (que não se reelegerá senador por Pernambuco) ?
Arthur Virgílio Cardoso, o herói da CPMF ?
Agripino Maia, o pilar que sustenta Arruda ?
Arruda, aquele do “vote num careca e leve dois“ ?
Rodrigo Maia ? Quem ?
Jorge Bornhausen, o ideólogo dos DEMOS ?
Lula varreu a oposição.
Sobraram o PiG (*) e o Gilmar Dantas [modo como o blogueiro Ricardo Noblat chamou o Presidente do STF, Gilmar Mendes, talvez como ato falho pela ardorosa atuação do Presidente do STF na defesa de Daniel Dantas].
É com eles que Zé Alagão vai navegar até março – quando fugirá."
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí."
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado hoje (11/01) no seu portal "Conversa Afiada" [entre colchetes colocados por este blog].
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