domingo, 18 de abril de 2010

AEROPORTOS: GARGALOS CRIADOS PELA NOVA CLASSE MÉDIA E FORTE E RÁPIDO CRESCIMENTO DA RENDA E DA ECONOMIA



"Movimento em Cumbica aumenta 50% em somente um bimestre!

Volume de passageiros no aeroporto passou de 2,9 milhões em 2007 para 4,4 milhões no primeiro bimestre deste ano Terminal tem filas para tudo, pessoas dormindo no chão e "gargalo" nos horários de pico; espera por mala chega a 40 minutos

O maior aeroporto do país está no limite. Em três anos, mesmo com a restrição imposta aos pousos e decolagens, em 2009, o número de passageiros em Cumbica, na Grande São Paulo, cresceu 50% entre janeiro e fevereiro, 20 pontos percentuais acima da média nacional.

Nos dois meses, 4,42 milhões de usuários passaram pelos mesmos dois terminais de três anos atrás, quando 2,9 milhões de pessoas usaram o aeroporto.

Há filas para tudo, pessoas dormindo no chão e "gargalo" no horário de pico, de manhã e no início da noite, e espera de até 40 minutos para conseguir pegar a bagagem.

Até o final do ano, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estima que o movimento nos aeroportos do país cresça 17%.

Até março, a demanda dos voos domésticos subiu 35% e a dos internacionais, 12,8%.

Ou seja, o que é ruim pode piorar, mas a Anac iniciou estudos para restringir voos em outros aeroportos -Brasília, Confins, Salvador, Fortaleza, Cuiabá e Viracopos- para ao menos tentar garantir que o excesso de voos não afete a segurança.

"Cumbica é caótico. A estrutura é até boa, mas a demanda é maior que a capacidade de atendimento. As filas são enormes", diz a administradora Raíssa Pinho, 25, que chegou de São Luis (MA) na sexta e levou cerca de três horas entre o desembarque e a entrada no ônibus que a levaria para o hotel.

Para pegar a bagagem na esteira, foram 40 minutos. Depois, mais uma hora e meia à espera do ônibus. "A fila não estava organizada, havia um bolo de gente no local de embarque", disse, abatida pelo cansaço da viagem de sete horas. Moradora de São Luis, Raíssa vem a São Paulo com frequência. A trabalho, viaja pelo menos uma vez por mês, para Vitória, Recife e Rio. "Aqui, a situação [do aeroporto] está pior." (...)

FONTE: reportagem de JOSÉ ERNESTO CREDENDIO e LETICIA DE CASTRO publicada hoje (18/04) na Folha de São Paulo [titulo colocado por este blog].

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