"Vale a pena insistir em acordos de desarmamento dentro do Tratado de Não Proliferação Nuclear sem considerar as potências nucleares fora do acordo -Índia, Paquistão e Israel?
Dado que a posse da bomba é tanto elemento de dissuasão quanto a maior indutora da proliferação, essa é a grande questão para a diplomacia brasileira e para os grupos de pressão envolvidos no problema.
Embora a resposta óbvia seja não, isso não significa que haja alternativa à vista. A abordagem das cinco potências nucleares reconhecidas tem sido [de não se desarmarem, de restrinjir ainda mais os desarmados e de] tratar cada um dos três países como casos específicos [especialmente dando total respaldo e proteção à política armamentista nuclear de Israel], ao mesmo tempo mantendo a [incoerente] posição formal de que a adesão ao TNP deve ser geral.
Mas falta realismo e sobra hipocrisia nisso, aponta o especialista indiano Ramesh Thakur, professor da Universidade de Waterloo (Canadá). "O problema são armas nucleares ou quem as tem?", questiona ele.
Thakur acredita que a promessa do presidente dos EUA, Barack Obama, de um desarmamento nuclear completo "num futuro distante" [fictício] não é suficiente e propõe um acordo multilateral de desarmamento, complementar ao TNP. "O tratado está ultrapassado por não considerar a realidade como ela é", afirma."
FONTE: publicado hoje (04/03) na Folha de São Paulo [entre colchetes colocados por este blog].
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2 comentários:
Em Pyongyang, Kim Jong-il, ri da ONU de araque...
E em Ancara, Tayyip Erdogan, agradece.
Prezado Eugênio,
Exatamente...
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