quarta-feira, 21 de abril de 2010
IRÃ, ISRAEL E SERRA: "BARRIS DE PÓLVORA"
"BARRIL DE PÓLVORA
Enquanto o Presidente Barack Obama insiste em tentar enquadrar o Irã por um “crime” que ainda não cometeu, ou seja, por fabricar uma bomba atômica, no Oriente Médio, o aliadíssimo Israel avisa através do Ministro da Defesa Ehud Barak que o país não assinará em hipótese alguma o Tratado de Não Proliferação Nuclear [e que continuará fazendo suas bombas atômicas, que já são mais de 200, segundo imprensa inglesa].
A intransigência israelense, que é uma marca registrada do regime sionista, hoje capitaneado pelo troglodita Benyamin Netanyahu, vai ficar por isso mesmo, porque o lobie judaico nos Estados Unidos tem poder e anulará qualquer tipo de censura para valer por parte do governo Obama.
Como prova disso, nas tentativas de pressionar o Irã com a aprovação de sanções pelo Conselho de Segurança, Obama disse que se nada for feito Israel poderá perder a paciência e atacar o país dos aiatolás. Mentira. Israel só bombardeará o Irã se tiver o sinal verde de Washington.
Na verdade, guardadas as devidas proporções, o Presidente estadunidense está repetindo a história que antecedeu a invasão e ocupação do Iraque, que perdura até hoje, mesmo que nunca tenham existido as tais armas de destruição em massa. Agora, o terror é a bomba atômica e fica faltando Madame Hillary Clinton vestir a camisa do então Secretário de Estado Collin Powel e falar grosso na ONU para acusar o Irã de Mohammed Ahmadinejad.
Obama talvez seja mais político e marqueteiro do que o seu antecessor, George W. Bush, que recentemente reapareceu no Haiti “limpando“ a mão nas costas de Clinton depois de cumprimentar um cidadão negro. Quer dizer, não dá para comparar Obama com Bush, mesmo que o atual ocupante da Casa Branca esteja agindo da forma como está agindo neste momento.
Neste contexto, a voz brasileira expressada pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva é sensata. Prega o diálogo com o Irã para evitar que se torne um país pária, como deseja Obama e o aliadíssimo Israel.
Como se tudo isso não bastasse, ou seja, deixar o mundo tenso com a possibilidade de uma nova guerra imperial que seria o confronto com o Irã, Israel continua fazendo das suas em matéria de assentamentos, sem acontecer absolutamente nada, a não ser tímidos pronunciamentos de madame Hillary Clinton e do próprio Obama.
Agora, para completar a prepotência, o governo de Netanyahu está autorizando o Exército israelense de ocupação a expulsar da Cisjordânia cidadãos palestinos “não autorizados” (pelos ocupantes) a estarem naquela área. Ou seja, o governo do troglodita Netanyahu está agravando a situação já grave e preparando o terreno para aumentar o banho de sangue na região.
Para mudar a situação será necessário que a comunidade internacional pressione Israel e também reconheça formalmente a existência de um Estado Palestino, que já deveria ter sido criado há pelo menos 62 anos. É que se não ocorrerem as pressões o panorama de ocupação colonial continuará o mesmo de agora.
Enquanto isso, por aqui, a oposição sem bandeiras desanca sobre a política externa brasileira, mesmo que tenha havido uma escorregada comprometedora representada pela assinatura de um acordo militar Brasília-Washington. É sempre negativo quando um acordo do gênero dispõe sobre a ida de militares brasileiros para adestramento nos Estados Unidos, como acontecia na época da Guerra Fria e permita manobras conjuntas.
Mas o esquema PSDB-Demo-PPS seria ainda pior. O candidato tucano, José Serra, já avisou que pretende manter outro tipo de relações com Cuba e Venezuela caso seja eleito. Sobre o Irã, nem pensar, o esquema serrista faria tudo e muito mais que a potência hegemônica ordenasse. Agora, pelo menos o Brasil mantém uma margem de independência e fala de igual para igual com os Estados Unidos.
E, para finalizar, a Senadora Katia Abreu, do Demo, e presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) voltou a ser cotada para ser vice de Serra, segundo o Jornal do Brasil (14/4). Abreu, além de latifundiária é grileira de terras públicas e responde a processo por desvio de verbas para a entidade que preside em proveito de sua campanha eleitoral, segundo foi noticiado pelo jornal Brasil de Fato, fato devidamente silenciado pela mídia conservadora.
Mesmo que ela não seja a vice de Serra, dará todo apoio a chapa e continuará articulando as matérias pagas nos intervalos do Jornal Nacional indispondo com mentiras o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) junto à opinião pública. Quanto a sua entidade estará gastando, ou será alguma permuta com a TV Globo?"
FONTE: escrito pelo jornalista Mário Augusto Jakobskind, do semanário uruguaio "Brecha" e postado no site "Direto da Redação" [título e entre colchetes colocados por este blog].
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário