terça-feira, 20 de abril de 2010

LULA REVIDA CRÍTICAS DE FHC E IRONIZA POLÍTICA EXTERNA TUCANA


No último domingo, a TV BAND ("Canal Livre") deu amplo espaço para FHC debochar de Lula e sua política externa. Hoje, Lula deu o troco.

Lula diz que política externa deu inimigos ao Brasil e ironiza ministro de FHC

Em cerimônia com formandos do Instituto Rio Branco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (20) que a política externa do seu governo trouxe inimigos ao Brasil porque o país ficou mais importante. O mandatário acusou o governo de Fernando Henrique Cardoso de ser subserviente a interesses norte-americanos e europeus e ironizou o ex-chanceler Celso Lafer.

“Quando o país fica importante, começa a causar ciúmes, arranjar inimigos. Por muito tempo fomos induzidos a termos complexo de vira-lata neste país”, disse Lula aos formandos, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Estabeleci uma relação de amizade com os presidentes. Mas sempre com a antena ligada de que o Brasil está colocando o pé em espaços onde não estava colocando o pé.”

Lula ironizou o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, que em 2002 foi levado a tirar os sapatos três vezes durante visita aos Estados Unidos. “Quando inventaram a história de tirar o sapato, eu disse para o Celso: ‘Ministro que tirar o sapato deixará de ser ministro. Se tiver que tirar o sapato, volte para o Brasil’.

“Lembro de como fomos vítimas aqui quando compramos um avião. Pergunte para o Celso se não melhorou substancialmente ele agora poder fazer uma viagem no avião da FAB. Chegar com muito orgulho em um avião fabricado pela Embraer em qualquer país do mundo. Não ter que ir para São Paulo para pegar uma ponte aérea para ir a não sei onde para chegar a Nova York, tirar o sapato para entrar lá”, afirmou o presidente, que foi aplaudido pelos formandos em seguida.

Lula também defendeu Amorim das críticas que recebeu ao longo de sua passagem pelo Palácio do Itamaraty. O ministro filiou-se ao PT e adversários do governo o consideram advogado da aproximação do Brasil com regimes autoritários, como o iraniano. “Ninguém critica o embaixador por participar de coquetéis toda a noite. Criticam é quando ele tem posições políticas assumidas, de autoestima de defender o seu país”, disse o presidente.

Em maio a política externa do governo deve voltar ao foco por conta da visita de Lula ao Irã. A teocracia islâmica é [cinicamente] acusada pelos países Ocidente [e por Israel, todos abarrotados de bombas atômicas], de "almejar" [talvez, subjetivamente] a construção de armas nucleares... O presidente Mahmoud Ahmadinejad diz que o processo de enriquecimento de urânio que promove tem fins pacíficos e energéticos."

FONTE: reportagem de Maurício Savarese, do UOL Notícias, publicada hoje (20/04) no portal UOL [título, imagem e entre colchetes colocados por este blog].

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