Que pena: o Terry Gou não leu a Miriam Leitão
MERCADANTE CONTA COMO PRESIDENTA DEU O “SALTO TECNOLÓGICO”
Por Paulo Henrique Amorim, no “Conversa Afiada”:
“Este ansioso blogueiro acaba de falar com o Ministro Aloizio Mercadante, que está em Sanya, resort no Sul da China, perto do Vietnã, onde a presidenta Dilma participa de reunião dos BRICs.
Mercadante explicou que o fundador da Hon Hai (controladora da Foxconn), o empresário taiwanês Terry Gou, ia apresentar a proposta formal de investimento no Brasil antes de a JK de saias ir à China.
Mas, como a tragédia do Japão desmontou toda a cadeia de produção de eletrodomésticos da Ásia, o encontro ficou marcado para agora, em Pequim.
E aí ele apresentou a proposta final.
Embora seja taiwanês, Terry Gou trabalha há 30 anos na China.
A Foxconn é a maior exportadora da China.
A exportação dele é seis vezes o fluxo de comércio do Brasil com a China.
Ele representa 5% da exportação da China.
Fatura US $ 100 bilhões/ano.
Ele construiu na China uma Cidade Inteligente com 400 mil trabalhadores.
A que quer construir no Brasil terá 100 mil trabalhadores.
Numa das unidades da cidade inteligente chinesa, há treze prédios.
Ele vende para a Apple, HP, Dell e Sony.
De cada três computadores vendidos no mundo, um é produzido por ele.
No Brasil, ele pretende investir US $ 12 bilhões em cinco anos –ou seja, 10% dos negócios dele, num ano.
A Cidade Inteligente brasileira criaria 100 mil empregos.
Vinte e cinco mil seriam engenheiros.
Dez mil, técnicos especializados.
(O Brasil, um dia, vai se livrar dos economistas … – PHA)
A Foxconn tem duas fabricas no Brasil, há oito anos: em Jundiaí (SP) e em Manaus.
Gou está careca de conhecer o Brasil.
(E não deve ler a urubóloga, senão, investiria no Haiti – PHA)
Mercadante desconfia que Gou já saiba onde quer instalar a fábrica no Brasil, mas não conta para ninguém.
Gou já faz investimentos maciços na Índia e na Rússia –ele quer ser hegemônico nos BRICs.
Ele vai ter que se associar a empresas brasileiras –ainda que seja o [somente] controlador.
O investimento exigiria financiamento do BNDES.
Aqui será produzida toda a linha de tablets –ipads e iphones
Mercadante lembra que o Brasil mal inicia o “salto tecnológico”.
A GE já começa a instalar no Fundão, no Rio, perto do CENPES da Petrobrás, o seu único centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Hemisfério Sul.
A IBM também: vai instalar no Rio seu único centro de P & D no Hemisfério Sul.
A JK de saias vendeu 35 aviões da Embraer à China.
E assegurou que jatos executivos Legacy (todos têm transponder, é bom lembrar) da Embraer serão produzidos na China.
E ainda se deu ao trabalho de vender carne suína aos chineses.
Que horror !"
Em tempo: ao contrário do que diz a 'Folha' (*), que vetou terminantemente a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, Mercadante informou que a missão brasileira recebeu com entusiasmo o apoio da China ao pleito brasileiro.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, 'Folha' é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores”.
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2011/04/13/mercadante-conta-como-presidenta-deu-o-%e2%80%9csalto-tecnologico%e2%80%9d/).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Maria Tereza
Devagar com o andor...
O anúncio da empresa Foxconn de investir US$ 12 bilhões no Brasil, divulgado pelo governo federal em plena visita da presidente Dilma Rousseff à China, foi recebido com ceticismo pelos mercados de tecnologia da informação e eletroeletrônico.
O consultor de Tecnologia da Informação, Ivair Rodrigues, da IT Data, considera os números irreais. "Os US$ 12 bilhões são o dobro do faturamento mundial deles (da Foxconn). E não está se falando em produção, mas de montagem, com componentes importados"
Iurikorolev,
Coloco-me no meio-termo, entre os céticos e os entusiasmados. De qualquer modo, prenuncia significativo avanço nas atividades e empregos nas áreas de tecnologia da informação e de eletroeletrônica no Brasil.
Maria Tereza
Postar um comentário