domingo, 23 de outubro de 2011
MORTE DE KHADAFI INCENTIVA REBELDES NA [ARÁBIA SAUDITA, BAHREIN], SÍRIA E IÊMEN
[OBS deste blog ‘democracia&política’: é óbvio que a inserção no título acima de Arábia Saudita e Bahrein foi feita por este blog. Apesar de esses dois países oferecerem os mesmos motivos da Líbia e Síria para serem bombardeados “por direito de proteger-RTP”, “por motivos humanitários” (pois têm ditaduras há décadas, sangrenta repressão aos opositores, enrriquecimento descomunal dos dirigentes) eles são intocáveis por conta dos fortes interesses dos EUA e seus aliados da OTAN (petróleo e sediamento de Bases militares dos EUA). A grande mídia internacional e a brasileira, em submissão a esses interesses dos EUA, não ousa nem mencionar que a muito louvada “primavera árabe” possa chegar nesses dois países].
Vejamos a matéria da agência britânica de notícias BBC:
“A morte do líder deposto da Líbia, Muamar Khadafi, deve ter, como efeito imediato, um novo fôlego nos protestos pró-democracia em outros países árabes, como Síria e Iêmen, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Após cerca de dois meses foragido, Khadafi foi morto na quinta-feira em sua cidade natal, Sirte.
Segundo o cientista político Paul Salem, diretor do "Centro Carnegie para o Oriente Médio" em Beirute, a captura ou morte de Muamar Khadafi dará novo ânimo para os movimentos oposicionistas na Síria e Iêmen, que não têm tido avanços práticos.
"O destino de Khadafi após meses de luta armada dos líbios dará um impulso emocional para sírios e iemenitas. Não resta qualquer dúvida", disse ele.
'DEMOCRACIA É A SAÍDA'
Para o analista "independente" egípcio Mahan Abedin, especialista em política do Oriente Médio, o "fim de Khadafi" e o desenrolar dos acontecimentos na Líbia darão a certeza para os grupos que se opõem aos regimes na região de que um levante popular é a melhor saída.
"Com três ditadores depostos, os árabes agora têm a certeza que a democracia é a saída para um futuro melhor na região", disse ele.
Além da queda de Khadafi na Líbia, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e o tunisiano Zine al-Abedine Ben Ali também foram depostos por pressão popular.
Ao contrário do Egito e da Tunísia, que viram seus presidentes caírem após semanas de protestos pacíficos, os líbios entraram em luta armada para tirar Khadafi do poder.
Para Abedin, sírios e iemenitas devem ir às ruas com maior intensidade para exigir mudanças, enquanto que os líderes desses países sentirão pressão maior vendo mais um governante árabe ter fim ao estilo do iraquiano Saddam Hussein.
"Bashar al-Assad (presidente sírio) e Ali Abdullah Saleh (presidente do Iêmen) devem tirar lições de Khadafi e seu fim. Eles não conseguirão se manter contra uma onda de revoluções na região sem uma consequência pessoal para eles", afirmou.
Síria e Iêmen enfrentam uma onda de protestos populares há mais de seis meses e que já deixou milhares de pessoas mortas [a BBC não menciona as muito mais milhares de pessoas mortas por conta dos violentos ataques aéreos da OTAN na Líbia].
Na Síria, a ONU estima que mais de 2,5 mil pessoas já morreram devido à repressão do governo às manifestações que pedem a saída de Assad do poder e reformas democráticas.
No Iêmen, há confrontos entre tropas leais ao governo e manifestantes de diversos grupos oposicionistas, incluindo tropas desertoras do exército.
Muamar Khadafi, de 68 anos, estava no comando da Líbia desde 1969, quando depôs o rei Idris 1º, em um golpe de Estado sem derramamento de sangue.”
FONTE: matéria da agência britânica de notícias BBC transcrita no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/3250/Morte-de-Khadafi-incentiva-rebeldes-na-Siria-e-Iemen--dizem-analistas) [título e trechos entre colchetes acrescentadas por este blog ‘democracia&política’].
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