sábado, 3 de janeiro de 2015

MARINHOS (DA "GLOBO") NÃO QUEREM O IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS





Fortunas: Piketty já era! Marinhos não querem pagar imposto

Filhos do Roberto Marinho desmontam tese de irrelevante economista francês ! 

Do portal "Conversa Afiada"

O C Af já sugeriu que o Levy faça o “ajuste” com o imposto do Piketty sobre fortunas.

Também sugeriu que o Levy faça o ajuste com a CPMF dos governadores do Nordeste.

Mas, sabe como é, se os filhos do Roberto Marinho não querem…

(Como se sabe, Piketty foi à USP e tomou um susto: pensou que iria debater com economistas e foi confrontado com empresários do setor financeiro …)

No "Diário do Centro do Mundo" (DCM):

EM EDITORIAL, FAMÍLIA MARINHO CONDENA TAXAR GRANDES FORTUNAS

Editorial do "Globo", celeremente reproduzido por Noblat em seu blog:

[Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política']


"Taxar as chamadas grandes fortunas é desejo cultivado por qualquer governante em busca de dinheiro aparentemente fácil. E com a vantagem de poder apresentar o novo imposto como um ato de “justiça social”, bandeira sempre simpática, capaz de encobrir qualquer "aberração de política econômica" [para os donos da "Globo", multibilionários pagarem impostos é "aberração"?].

A história desse imposto começou no século XIX, quando foi criado por socialistas ingleses. Caiu em desuso pelas dificuldades que cercam o gravame, e há pouco voltou ao noticiário por meio do best-seller “O capital no Século XXI”, de Thomas Piketty, economista francês.

Baseado em ampla compilação de estatísticas de vários países, Piketty se propõe a provar que a renda do capital derivado de herança e patrimônio próprio supera, e jamais deixará de ser assim, a renda do trabalho. Ato contínuo, Piketty propõe um imposto sobre patrimônio para reduzir as desigualdades sociais no mundo.

Ideias como essa são tentadoras desde sempre. Por esse motivo, e considerando a atmosfera ideológica na qual trabalhou a Constituinte de 1987, a Constituição brasileira, promulgada no ano seguinte, prevê esse imposto em um dos artigos. Jamais foi regulamentado. O então senador Fernando Henrique Cardoso apresentou projeto com esse fim, e só.

Mais de uma década de governos do PT, partido de esquerda, já seria tempo de o dispositivo constitucional ser aplicado. Na base aliada, houve pelo menos uma tentativa. Sem sucesso. Pode-se entender que a base do Planalto é tão heterogênea que não conseguirá se unir em torno desse imposto.

Mas o ponto central nessa discussão é que se trata de "ilusória a vantagem da taxação de fortunas". Um primeiro ponto é o custo de arrecadação do imposto, muito alto. Como se trata de um gravame declaratório — ele é arrecadado sobre o que é declarado pelo contribuinte —, a coleta tende a ser baixa, devido à previsível subestimativa da base a ser taxada [isto é, os Marinhos expressam que os muito ricos normalmente mentem para a Receita Federal, para sonegar impostos].

Logo, é imprescindível montar-se uma estrutura de fiscalização para combater a evasão. No final das contas, a conclusão "sempre é que o custo da estrutura não compensa o resultado da arrecadação" [não compensa para os multibilionários irmãos Marinho]. Entende-se por que muitos países suprimiram esse imposto, inclusive a Inglaterra. 


Outro problema: tão logo se torne uma possibilidade concreta o imposto sobre fortunas, as famílias abastadas transferirão todo ou parte do patrimônio para países sem o tributo [Bastaria, então, a Receita Federal bem controlar essa evasão de divisas]. E sua riqueza crescerá apenas no exterior. Os empregos e a renda gerados por grandes patrimônios familiares migrarão para o exterior, portanto. [Isso aconteceria no caso de haver conluio, corpo mole e corrupção dos setores fiscalizadores brasileiros]. Péssimo negócio, certeiro tiro no pé do próprio país [continuam os Marinhos].

Há, ainda, grandes riscos de se praticar "injustiças": quando herdeiros de patrimônios imobiliários não têm dinheiro para arcar com a taxação [e estejam com preguiça de se desfazer de parte da fortuna herdada para pagar os tributos devidos]. O imposto sobre fortunas é uma daquelas invenções aparentemente simples, mas que não funcionam. Por uma razão: o tema é mais complexo do que parece."


FONTE: do portal "Conversa Afiada"  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/01/02/fortunas-piketty-ja-era-marinhos-nao-querem-pagar-imposto/). [Título, imagem do google, aspas e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política']

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