sábado, 10 de janeiro de 2015

REFLEXÃO SOBRE A ORIGEM DA CHACINA DE PARIS



Obama e os seus aliados europeus, sobretudo Hollande e Cameron, têm telhados de vidro


Repercussão da chacina: EUA fomentaram o terrorismo proclamando que o combatiam

Reflexão sobre a chacina de Paris

Por Miguel Urbano Rodrigues e os editores de "ODiario.info", de Portugal

"Uma onda de emoção, solidariedade e repulsa corre pelo mundo levantada pela chacina de Paris.

É legítima. Doze pessoas foram assassinadas por um grupo terrorista na sede do semanário francês "Charlie Hebdo". Entre elas, o diretor, quatro cartunistas e dois policiais.

O jornal, satírico, progressista, havia sido já alvo de atentados por ter publicado caricaturas do Profeta Maomé.

A dimensão, o motivo e a circunstância contribuem para a repercussão mundial do bárbaro crime.

O fato de os assaltantes terem gritado à saída “Alá é grande e o Profeta foi vingado!” funcionou como estímulo à islamofobia.

Na última semana, organizações de extrema-direita da Alemanha, dos EUA e da França promoveram manifestações racistas dirigidas contra as comunidades muçulmanas desses países. Tais iniciativas tendem agora a multiplicar-se.

O Presidente François Hollande, ao condenar o monstruoso atentado, afirmou que a França “está em choque”. Chefes de estado e de governo de todo o mundo expressam solidariedade e horror.

É lamentável, mas significativo, que o discurso dos políticos e os comentários da mídia sejam omissos quanto a uma questão fundamental.

Responsabilizam o terrorismo, reafirmam a determinação de lhe dar combate onde quer que desenvolva a sua ação criminosa, mas abstêm-se de referências às causas do surto de barbárie terrorista.

Obama e os seus aliados europeus, sobretudo Hollande e Cameron, têm telhados de vidro.

Não podem confessar que o terrorismo cresceu em escala mundial desde que o imperialismo norte-americano (com o apoio do estado fascista de Israel) iniciou agressões em serie a países muçulmanos.

A guerra do Golfo foi um prólogo. Mas foi após os atentados do 11 de Setembro de 2001, com a invasão e ocupação do Afeganistão, que essa estratégia assumiu, com Bush filho, carater prioritário.

A segunda Guerra do Iraque, o reforço da presença no Afeganistão, a agressão à Líbia, o apoio na Síria a organizações terroristas configuram crimes contra a humanidade.

Invocando sempre como pretexto para guerras abjetas a "democracia" e a "defesa dos direitos humanos", os EUA mataram centenas de milhares de muçulmanos, destruíram cidades, introduziram a tortura, semearam a miséria e a fome no Médio Oriente e na Ásia Central.

Nesta hora em que os franceses choram os mortos de "Charlie Hebdo" é necessário recordar que Sarkozy e Hollande foram cúmplices de muitos dos crimes do imperialismo norte-americano.

E indispensável lembrar que muitos dos assassinos do chamado Estado Islâmico foram treinados pela CIA e por militares dos EUA.

Washington fomentou o terrorismo proclamando que o combatia."


FONTE: escrito por Miguel Urbano Rodrigues e os editores de "ODiario.info", de Portugal. Transcrito no portal "Viomundo"  (http://www.viomundo.com.br/politica/odiario-info-eua-fomentaram-o-terrorismo-proclamando-que-o-combatiam.html).

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