terça-feira, 15 de janeiro de 2008

POVO DO LEBLON E IPANEMA ADERE À BANDEIRA DO LÍDER DO PSDB

Na matéria publicada em grande destaque na Veja desta semana e postada ontem neste blog, vimos que o líder do PSDB no senado, Arthur Virgílio, eufórico com a popularidade alcançada com o fim da CPMF, levantou a bandeira de barrar todo imposto "seja ele qual for!". Embalado pela repentina fama, ele vai se lançar candidato à Presidência da República.
É uma espécie de catarse do PSDB e DEM por terem sido, no governo FHC, os maiores aumentadores de impostos da história republicana.
Ao ler no Jornal do Brasil de hoje o texto abaixo transcrito, ví que o povo da zona sul litorânea do Rio e o PSDB/DEM estão em perfeita sintonia.
Neste caso, o imposto é o IPTU na cidade do Rio de Janeiro.
O prefeito do RJ, César Maia (DEM), é o pai do deputado Rodrigo Maia do DEM, grande aliado de Arthur Virgílio na inusitada (para eles) luta para barrar qualquer imposto.


"Um rombo para fazer história
A campanha de boicote ao IPTU inflamada por moradores da Zona Sul pode gerar rombos históricos nos cofres municipais justamente no ano de eleição, quando, por tradição, o prefeito Cesar Maia (DEM) abre os cofres da prefeitura e espalha obras pela cidade.

Com o crescimento de adeptos ao pagamento em juízo ou apenas em novembro (Botafogo, Leblon, Ipanema, Laranjeiras, Humaitá e Catumbi), a prefeitura deve enfrentar meses de grande dificuldade.
O economista e consultor de mercado do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Fábio Fonseca, afirma que o imposto é a segunda maior fonte de arrecadação da prefeitura, ficando atrás apenas do Imposto Sobre Serviço (ISS).
Sendo assim, Maia terá de conter as obras chamadas eleitoreiras para manter ativos os serviços de competência do poder municipal, como coleta de lixo, manutenção de vias públicas, criação e conservação de escolas e hospitais municipais.
- Com certeza esse boicote ao IPTU vai gerar muita dificuldade para a prefeitura. Será um buraco muito significativo nos cofres municipais.
O economista ainda traduz em números a dimensão do prejuízo no bairro de Copacabana, por exemplo.
- Copacabana tem cerca de 170 mil habitantes. Se considerarmos que em uma casa há quatro pessoas, temos, então, 42 mil e 500 domicílios. Supondo que 10% faça parte do boicote e que o IPTU seja, em média, de R$ 100, teríamos, só em Copacabana, um rombo de R$ 4,25 milhões - calcula.
A vereadora do Partido Verde, Aspásia Camargo, confirma a previsão do economista.
- Todo esse movimento criará uma situação desesperadora para a prefeitura.
Moradores de Botafogo, Leblon, Ipanema, Laranjeiras, Humaitá e Catumbi confirmaram ontem a união ao movimento com a proposta de pagamento do imposto apenas em novembro deste ano, para que o dinheiro não possa ser utilizado pela atual administração. Para os contribuintes, também pode ser uma boa opção. Segundo o advogado Luiz Fernando Keller, não há a chance de cair na dívida ativa porque o imposto seria pago este ano.
- É uma atitude política. Existem os juros e correção monetária que devem ser pagos, mas este valor corresponde aos honorários de advogados. É uma opção segura."

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